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Hostilizado, Barroso sai escoltado de restaurante em Santa Catarina
O ministro foi seguido e xingado por um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso precisou ser escoltado na saída de um restaurante nesta quinta-feira 3, em Porto Belo, litoral de Santa Catarina.
O magistrado foi xingado e perseguido por um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que se reuniu em torno do estabelecimento.
A casa do ministro na cidade também foi cercada por bolsonaristas. A Polícia Militar foi chamada para auxiliar a equipe de seguranças do ministro a retirar Barroso da residência durante a madrugada.
Segundo informações da corporação, a manifestação ocorreu de forma “pacífica e ordeira” e Barroso “deixou o local sem nenhum tipo de conflito mais grave”.
O STF se manifestou por meio da seguinte nota:
“O ministro Luís Roberto Barroso estava em Porto Belo, Santa Catarina, na última quinta-feira (3) para compromisso pessoal. Quando jantava com amigos em um restaurante, pessoas que participavam de bloqueios de estradas e que foram dispersadas iniciaram um protesto do lado de fora, e o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local.
Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.
A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local.
O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro.
A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
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