Política

Barroso alerta Bolsonaro: se tiver feito coisa errada tem que se preocupar

Em entrevista, presidente do TSE falou sobre julgamento de ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro e Mourão

Reprodução TV Cultura Reprodução TV Cultura
Apoie Siga-nos no

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que não acredita em um golpe de Estado por parte dos militares.

No entanto, em entrevista ao Roda Viva, na última segunda-feira 15, o magistrado criticou o posicionamento público dos militares na atual gestão.

“Nada disso aconteceu no governo Fernando Henrique, nos dois governos Lula, no governo Dilma, no governo Temer. Portanto, não vou fazer de conta que não está acontecendo alguma coisa. Mas acho que a gente tem que colocar essa questão dentro de uma perspectiva. Não acho que se possa dizer que as Forças Armadas estão no governo, porque isso não existe”, afirmou.

“Acho que as Forças Armadas, nesses 32 anos de democracia, têm tido comportamento exemplar, de modo que eu, verdadeiramente, não temo golpe”, completou Barroso.

Na entrevista, o ministro foi questionado sobre o julgamento, pelo TSE, de ações que pedem a cassação da chapa formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão.

“Onde eu estiver nesta vida, se faz a coisa certa. De modo que, no Tribunal Superior Eleitoral, não há nenhum risco de o presidente ser perseguido nem há nenhum risco de ele ser protegido. Nós faremos o que é certo dentro do direito. Somos atores institucionais, não atores políticos. O que tiver que ser feito, vai ser feito”, alertou.

Barroso ainda revelou ter sido procurado por uma pessoa do governo para saber se o presidente deveria se preocupar com o julgamento no TSE.

“Só se tiver feito uma coisa errada, eu respondi”, contou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo