Política
Banco Mundial anuncia Weintraub como diretor-executivo
Segundo comunicado, o ex-ministro assume o cargo em agosto e fica até 31 de outubro, quando serão feitas novas eleições
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi aceito para o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial. O comunicado foi divulgado na quinta-feira 30.
“O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco”, diz o texto.
“O Sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição”, completa o comunicado.
A nomeação, explicou o Banco Mundial, não torna um funcionário do banco. “Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”, diz ainda a comunicação.
Weintraub deixou o País logo após ser demitido do Ministério da Educação, no dia 18 de junho. Em sua saída relâmpago, ele utilizou passaporte ainda de ministro e tentou dar um caráter de “exílio” ao deixar o Brasil.
O ex-ministro é alvo de dois inquéritos, um que apura suposto racismo contra chineses e outro que apura ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda em junho, ao saberem da possibilidade de Abraham Weintraub assumir o cargo, funcionários do Banco Mundial protestaram contra a sua presença. Uma reportagem de O Globo mostrou troca de mensagens entre colaboradores desaprovando a indicação.
“Que mensagem o Banco Mundial estará emitindo, quando se fala em valores, ética e integridade, ao aceitar alguém que escapou de uma investigação da Suprema Corte em seu país natal?”, alegou um membro da instituição, que ganhou apoio de um colega.
“É uma grande vergonha para a nossa organização e um insulto para todo mundo que está trabalhando duro para um mundo melhor”, escreveu outro.
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