Política

Autor de atentado esteve em anexo da Câmara antes de detonar explosivos

Policiais realizaram uma varredura em todos os locais pelos quais o homem passou e não encontraram nada

Autor de atentado esteve em anexo da Câmara antes de detonar explosivos
Autor de atentado esteve em anexo da Câmara antes de detonar explosivos
Francisco Wanderley Luiz, morto na explosão realizada na praça dos Três Poderes. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Autor do ataque à sede do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira 13, Francisco Wardeley Luiz esteve na Câmara dos Deputados horas antes de detonar os explosivos na Praça dos Três Poderes. A informação foi repassada à polícia pelo deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) e confirmada pela assessoria de imprensa da Casa.

Por meio de nota, a Câmara informou que Luiz entrou no Anexo IV por volta das 8h15, foi ao banheiro e depois saiu. Também disse que policiais realizaram uma varredura em todos os locais pelos quais o homem passou e não encontraram nada. Uma das explosões ocorreu em um carro que estava no estacionamento da Casa.

“Desde o incidente, as medidas de segurança foram reforçadas. A varredura na Casa, e adjacências, ocorreu durante toda a madrugada e na manhã desta quinta, inclusive com cães. Nenhuma bomba foi encontrada. Estão previstas outras varreduras como medida preventiva”, diz o texto.

Para entrar na Câmara, é preciso passar por um detector de metais semelhante aos de aeroportos.

Goetten confirmou à reportagem que o autor do atentado entrou no prédio afirmando que iria ao seu gabinete (apesar de a sala ficar no Anexo III), mas não se dirigiu ao local. O parlamentar disse ter se encontrado com Francisco pela última vez no ano passado, durante uma visita do conterrâneo ao Congresso Nacional.

Francisco Wanderley morreu após detonar os explosivos. Ele foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020. À PF, a ex-mulher do chaveiro afirmou que a intenção dele era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes. O caso é investigado como ato terrorista, informou o diretor-geral Andrei Passos nesta quinta.

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