O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou a CartaCapital nesta quinta-feira 10 que a auditoria do Ministério da Defesa sobre o pleito de 2022 “reafirma a valia do sistema eleitoral”. Ele declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) na disputa presidencial deste ano.
O relatório dos militares não identificou qualquer fraude no pleito, mas, ao contrário do monitoramento de outras entidades, levantou especulações e apresentou uma série de “recomendações” ao Tribunal Superior Eleitoral.
Na quarta 9, o TSE divulgou uma nota na qual afirma ter recebido “com satisfação” o documento. A pasta, “como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral”, reforçou a Corte.
Segundo Marco Aurélio, a conclusão da auditoria “reafirma a valia do sistema eleitoral, no que preserva a vontade soberana dos eleitores, confirmando a equidistância das Forças Armadas”.
Nesta quinta, a Defesa emitiu uma nova nota, intitulada Relatório das Forças Armadas não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas. No texto, alega que “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”. E emenda: “Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos”.
Entre as “sugestões” dos militares estão a ampliação da participação de eleitores no projeto-piloto com biometria, o aumento no número de urnas selecionadas e uma “análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas”.
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