Política

Atos golpistas foram arquitetados pelo ‘responsável maior por toda a pregação de ódio’, diz Lula

Segundo o presidente, discurso golpista no País surgiu nas eleições de 2018

Reunião entre o presidente Lula (PT) e líderes da base aliada do governo. Foto: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira 8, durante encontro com líderes partidários da base aliada no Palácio do Planalto, que os atos de 8 de janeiro representaram uma tentativa de golpe. 

Sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista declarou que os ataques golpistas de um mês atrás foram “arquitetados pelo responsável maior de toda pregação do ódio, da indústria de mentiras e de notícias falsas que aconteceu neste País nos últimos quatro anos”.

Na reunião, Lula defendeu que “quem governou o País até 31 de dezembro” deve ser esquecido, mas afirmou que não se pode esquecer as invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Uma tentativa de golpe que, possivelmente, poderia ter sido organizada para o dia 1º [de janeiro] e que não foi por causa da quantidade de gente que tinha em Brasília”, disse o presidente. “Eles [os participantes dos atos antidemocráticos] tomaram a decisão de fazer aquele vandalismo que nenhum de nós estava habituado a assistir no Brasil.”

Segundo o presidente, o discurso golpista “vem desde as eleições de 2018, quando a gente ainda não tinha tido a experiência da indústria de fake news“.

Na abertura da reunião, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o período em que o governo federal queria “fuzilar a oposição”, em referência à postura de Bolsonaro, acabou. Concordando com Padilha, Lula observou que os Poderes precisam conviver “democraticamente na adversidade”.

“Nós queremos restabelecer a relação mais civilizada possível com o Congresso Nacional. Nós temos que entender que o Congresso não é inimigo do governo. […] A gente não tem que ficar protelando as soluções.”

No dia em que os atos golpistas contra os Três Poderes completam um mês, 965 pessoas envolvidas seguem presas e 653 foram denunciadas. As investigações vêm sendo direcionadas contra participantes, autoridades, financiadores e agentes de segurança que se omitiram nas suas funções. 

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