Política

Atos golpistas em Brasília: PF libera quase 600 por ‘questões humanitárias’

Segundo a corporação, 527 investigados foram presos até esta terça 10

Foto: Sergio Lima / AFP
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A Polícia Federal informou nesta terça-feira 10 ter liberado 599 pessoas detidas pelos atos golpistas em Brasília no último domingo 8. Na ocasião, bolsonaristas invadiram e depredaram áreas do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Mais de 1.500 pessoas foram levadas à Academia Nacional de Polícia, em Brasília, pela Polícia Militar do Distrito Federal. Segundo a PF, 727 investigados foram presos até esta noite.

“Por questões humanitárias foram liberados 599 detidos, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças”, informou a corporação, em nota.

Segundo a PF, todos têm recebido alimentação regular, hidratação e atendimento médico quando necessário.

Na manhã desta terça, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que todos os participantes, financiadores e instigadores dos atos terroristas serão punidos e que as instituições não se omitirão diante da gravidade do episódio.

Ele participou da cerimônia de posse do delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal. A solenidade ocorreu na sede da corporação, em Brasília.

“As instituições irão punir todos os responsáveis: aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer”, discursou o magistrado.

Moraes defendeu um combate firme ao terrorismo e às “pessoas antidemocráticas, as pessoas que querem dar um golpe, que querem um regime de exceção”.

“As instituições não são feitas só de mármore, cadeiras e mesas, mas de pessoas, de coragem e de cumprimento da lei. Esses terroristas que até domingo faziam baderna e crimes agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, mas não achem que as instituições irão fraquejar.”

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