Atos bolsonaristas: PF prende quatro suspeitos em RO com mais de 500 munições

Investigações apontam que grupo, responsável por organizar bloqueios nas estradas contestando o resultado das eleições, coagia comerciantes, caminhoneiros e autônomos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado quatro pessoas em Colorado do Oeste, Rondônia. A operação, deflagrada junto ao Ministério Público do estado, cumpriu também sete mandados de busca e apreensão, e tem como alvos empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva. Nove armas, mais de 500 munições de diferentes calibres e seis aparelhos telefônicos foram apreendidos. O objetivo é desarticular um grupo que, segundo as investigações, pratica crimes contra a liberdade ao bloquear as rodovias federais no estado.

De acordo com o MP-RO, as investigações foram iniciadas em novembro, após comerciantes, caminhoneiros e autônomos denunciarem ter sido constrangidos por líderes dos bloqueios nas estradas. Desde o resultado das eleições, em 30 de outubro, estradas por todo o país passam por constantes bloqueios realizados por movimentos antidemocráticos que contestam o resultado do pleito, com a derrota do presidente Jair Bolsonaro.

Os manifestantes estariam coagindo servidores públicos, impedindo o tráfego de pessoas — tentando obriga-las a aderirem aos atos —, obrigando comerciantes a fecharem suas portas para “demonstrar apoio” aos atos e impedindo pessoas de abastecerem seus veículos livremente. Ainda segundo as investigações, os caminhões tanques foram impedidos de passar, e a quantidade de combustível foi limitada para os moradores.

A população, segundo o MP, foi “cerceada do acesso a bens de consumo essenciais, tais como alimentos, água, combustível e botijão de gás, estudantes tiveram prejudicado o seu acesso às escolas”.

Parte dos investigados possuíam licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Também foi determinada a suspensão do direito ao porte e a posse de arma de fogo. Os objetos apreendidos serão analisados pela PF na tentativa de identificar outros envolvidos, principalmente possíveis financiadores.

(Com informações da Agência O Globo)


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