Política

‘Até defendo liberdade, mas não os excessos que acontecem’, diz Bolsonaro

Presidente deu entrevistas em saída para visitar loja de motos e afirmou que ‘não acredita’ nas pesquisas que mostram alta em sua rejeição

‘Até defendo liberdade, mas não os excessos que acontecem’, diz Bolsonaro
‘Até defendo liberdade, mas não os excessos que acontecem’, diz Bolsonaro
Foto; Reprodução/CNN Brasil
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Em uma saída para andar de moto, o presidente Jair Bolsonaro concedeu duas entrevistas neste sábado 30 e comentou sobre projetos de reformas ministeriais, a crise de oxigênio no Amazonas e as relações bilaterais com China e Índia. No rol de assuntos, também alfinetou a imprensa quando falava sobre as críticas que recebia:

“Ninguém tá sendo mais democrático do que nós. Até defendo liberdade, mas não os excessos que acontecem. A Ford fechou, por que eu sou culpado?”, exemplificou.

Em outro momento, dizia não acreditar nas pesquisas que apontam a queda de popularidade do presidente. “A maior pesquisa que eu posso ter é um vídeo meu que eu vou publicar […], o povo está com a gente, eu tô no meio deles.”

A situação de Manaus também foi alvo de críticas por parte de Bolsonaro. De acordo com o presidente, o governo enviou recursos financeiros para o estado enfrentar a crise e não há omissão da atuação do ministro Eduardo Pazuello, alvo de um inquérito da Polícia Federal.

“Não é competência nossa e nem atribuição levar o oxigênio pra lá, demos os meios”, afirmou. “Ele [Pazuello] trabalha de domingo a domingo, vira a noite, duvido que com outra pessoa teria tido a resposta que ele está dando”.

 

Bolsonaro afirmou que “não está previsto” recriar ministérios em troca de apoio político a candidatura de Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara dos Deputados que possui o apoio do presidente. O único cargo vago seria um na Secretaria-Geral da Presidência.

“Eu disse que os três mereciam ser ministros, mas não está previsto. Não é fácil criar ministério. Tem burocracia, aumento de gastos”, afirmou, referindo-se aos secretários Marcelo Magalhães (Esportes), Mário Frias (Cultura) e Jorge Seif (Pesca).

Entre as pautas prioritárias do governo no Congresso, Bolsonaro voltou a citar “reformas, privatização da Eletrobras e dos Correios e a regulação fundiária”.

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