Política

Associação Brasileira de Imprensa diz que Bolsonaro mentiu em discurso na ONU

O presidente afirmou que imprensa brasileira politizou o coronavírus, disseminando o pânico entre a população

Associação Brasileira de Imprensa diz que Bolsonaro mentiu em discurso na ONU
Associação Brasileira de Imprensa diz que Bolsonaro mentiu em discurso na ONU
O presidente Jair Bolsonaro, durante gravação de discurso para a 75ª Assembleia Geral da ONU. Foto: Marcos Corrêa/PR
Apoie Siga-nos no

Em nota emitida na noite desta terça-feira, 22, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) criticou o presidente Jair Bolsonaro pelo conteúdo de seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), também na terça.

Segundo a ABI, Bolsonaro mentiu e contribuiu para que o Brasil “caminhe para se tornar um pária internacional”.

“Sem qualquer compromisso com a verdade, o presidente afirmou que seu governo pagou um auxílio emergencial no valor de mil dólares para 65 milhões de brasileiros carentes, durante a pandemia. O auxílio foi de 600 reais”, afirma a nota, assinada pelo presidente da ABI, Paulo Jeronimo.

“O presidente responsabilizou índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e no Pantanal, que alcançam níveis nunca antes vistos no País. Todas as investigações, inclusive de órgãos oficiais, indicam que fazendeiros estão na origem das queimadas” segue a mensagem da ABI.

“O presidente transferiu a responsabilidade para governadores e prefeitos pelos quase 140 mil mortos vítimas do coronavírus. Todo o país é testemunha de sua leviandade, ao classificar a pandemia de ‘gripezinha’ e ir na contramão dos procedimentos defendidos pelas autoridades de saúde”, afirma a nota, concluindo: “A ABI repudia esse comportamento que vem se tornando recorrente e conclama o povo brasileiro a não aceitar o verdadeiro retrocesso civilizatório”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo