Política
Assembleia de Santa Catarina abre processo de impeachment contra governador Carlos Moisés, do PSL
Comunicado foi feito pelo presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD)
O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado estadual Julio Garcia (PSD), anunciou a abertura de um processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL) e da vice Daniela Reinehr, por suposto crime de responsabilidade na concessão de aumento de salários a procuradores do Estado. O comunicado ocorreu nesta quarta-feira 22.
O pedido é de autoria do defensor público Ralf Zimmer Guimarães Junior, ex-defensor-geral de Santa Catarina e candidato a deputado federal pelo PSDB em 2018.
Segundo Zimmer Junior, Moisés e Daniela cometeram crime em ato de outubro de 2019, por meio de decisão administrativa, ao pedirem a equiparação dos salários dos procuradores do poder Executivo com os procuradores do Legislativo.
A ação havia sido arquivada por falta de provas, mas Zimmer Junior reapresentou o pedido em 11 de maio, com novos documentos. A Procuradoria Jurídica do Parlamento estadual, então, pediu ao presidente da Alesc que desse prosseguimento ao pleito.
Segundo a Assembleia, foram arquivadas outras quatro representações por crime de responsabilidade. Uma delas também tratava sobre o aumento salarial dos procuradores. As outras petições estavam relacionadas a ações durante a pandemia do novo coronavírus.
CartaCapital solicitou o posicionamento do governador de Santa Catarina, mas não recebeu resposta. A vice-governadora escreveu em sua rede social que aguarda a conclusão do processo “com serenidade” e que confia na “lucidez” e no “compromisso” da Alesc com a justiça.
Sobre o processo de impeachment, manifesto minha confiança de que @assembleiasc, por sua lucidez e compromisso com a justiça, tratará da melhor forma o interesse dos catarinenses.Sigo e aguardo com serenidade, trabalhando para retirar nosso Estado da paralisia em que se encontra.
— Daniela Reinehr (@DanielaReinehr) July 22, 2020
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
