Política

Assembleia aprova urgência para estado de calamidade no Ceará

Deputados também se reuniram com representantes de bares e restaurantes que protestam contra restrições ao comércio

Assembleia aprova urgência para estado de calamidade no Ceará
Assembleia aprova urgência para estado de calamidade no Ceará
Deputados aprovaram regime de urgência para tramitação de decreto de calamidade no Ceará. Foto: Junior Pio/Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
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A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou requerimento de urgência para a tramitação de projetos de decreto que prorrogam o estado de calamidade pública no estado. Se os deputados votarem a favor do decreto, o estado de calamidade pública que vigorou em 2020 terá seus efeitos estendidos até 30 de junho.

Um dos projetos é de autoria do próprio governo de Camilo Santana (PT), e outro, da Mesa Diretora da Assembleia. A medida facilitaria a compra de insumos para o combate à pandemia do novo coronavírus.

Similar ao decreto do Ceará, o decreto de calamidade pública aprovado no Congresso Nacional em todo o país chegou ao fim em 31 de dezembro de 2020, e não há previsão para prorrogação.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Ceará contabiliza mais de 10,5 mil mortos por Covid-19 e 378 mil infectados. O estado está entre as dez unidades federativas com mais contaminados.

Novas medidas foram anunciadas por Camilo Santana na quarta-feira 3, nas redes sociais. Além da renovação do decreto de calamidade, o petista também estabeleceu restrições para as atividades econômicas.

Durante a noite, entre 20h e 6h, está suspenso o funcionamento do comércio, da indústria e de serviços não essenciais. Somente o delivery está autorizado.

Aos sábados e domingos, poderão funcionar até 15h os atendimentos presenciais em restaurantes, barracas e demais estabelecimentos de alimentação.

O governo ainda discute protocolos específicos para o período de carnaval.

“Compreendo os transtornos causados a alguns setores, mas o objetivo único dessas medidas é evitar o que vem ocorrendo em outros estados, como o colapso do sistema de saúde e o aumento descontrolado de casos e óbitos”, escreveu Santana.

Donos de bares e restaurantes demonstram descontentamento com as restrições.

Nesta quinta-feira 4, A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes organizou manifestações em Fortaleza, contra o decreto que impede do funcionamento do comércio não essencial depois das 20h. A entidade pede que o horário limite seja a meia-noite.

Segundo a Abrasel, mais de 800 empresas de bares e restaurantes foram fechados na pandemia, só em Fortaleza.

Durante a tarde, uma comissão de parlamentares estaduais se reuniram com esses representantes, além de músicos e motoristas de aplicativos. Entre as reivindicações apresentadas, estão o fornecimento de quatro mil cestas básicas para o setor, que está sem trabalho; o auxílio emergencial de dois mil reais para despesas como aluguel, IPTU, IPVA, luz, água e matrículas escolares dos filhos e dependentes.

Líder do governo do Estado na Assembleia, deputado Júlio César (Cidadania), comprometeu-se a levar as reivindicações ao governador do Ceará, mas não estipulou prazo para resposta.

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