Política

As vidas possíveis de José Serra

O que aconteceria se o tucano tivesse tomado caminhos distintos na sua vida política?

O candidato José Serra durante caminhada na campanha. Foto: Fernando Cavalcanti / Milenar
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1. Após oito anos como prefeito de São Paulo, José Serra deixou o cargo com a popularidade em alta em 2012. Avaliado como “bom” e “ótimo” pela ampla maioria dos paulistanos, Serra melhorou o trânsito da cidade, o transporte e a educação pública e minimizou o problema das enchentes. Fez projetos na periferia e atendeu reivindicações dos mais carentes. Conseguiu inclusive eleger com folga sua sucessora, Soninha Francine, pelo PPS, partido-irmão do PSDB, também conhecido como “puxadinho”. Após terminar o mandato, Serra disse que pretende viajar para se preparar para a eleição de 2014 à presidência. “Acho importante conhecer o Brasil inteiro, coisa que nunca fiz”, declarou.

2. Após oito anos como governador de São Paulo, José Serra deixou o cargo com a popularidade em alta em 2014. Fez uma administração considerada revolucionária nas áreas de saúde e educação, além de investir na ampliação do metrô. Tudo com a maior transparência possível, sem superfaturamentos ou qualquer suspeita pairando sobre as obras de grande porte. Embora tenha que disputar a convenção do PSDB com outros quatro candidatos, como Aécio Neves, Serra é considerado a maior pedra no caminho da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Antes de entrar na disputa, ele declarou que não pretende explorar o assunto religião ou aborto em sua campanha presidencial. “Defendo um Estado laico”, garantiu.

3. Após a derrota para Dilma Rousseff na campanha para a presidência em 2010, José Serra disse que pretende se dedicar à vida acadêmica antes de tentar novamente disputar um cargo eletivo. O tucano disse necessitar de tempo para refletir sobre sua trajetória política. Serra fez uma inflexão e admitiu haver sido “um erro” sua guinada rumo ao conservadorismo na campanha. “Eu contrariei minhas origens, minha biografia de homem de esquerda. Isto foi um equívoco que não pretendo repetir”, prometeu.

4. Após a derrota para Fernando Haddad na eleição para prefeito de São Paulo em 2012, José Serra anuncia seu afastamento definitivo da política partidária para se dedicar integralmente às palestras, aos artigos para jornais e aos estudos. Já tem até o título do livro que pretende publicar: Não Vale Tudo. No futuro, Serra almeja ainda criar uma universidade livre dedicada aos estudos políticos, que irá reunir intelectuais de renome de todos os matizes, da esquerda à direita. O objetivo é contribuir com soluções para o Brasil. “Já que não consegui ser eleito, gostaria de deixar minha contribuição ao País em termos de ideias”, afirmou.

O que aconteceu de fato: Serra largou a prefeitura de São Paulo para ser candidato ao governo e depois largou o governo de São Paulo para ser candidato à Presidência. Saiu de ambos com rejeição altíssima e fez uma campanha retrógrada. Perdeu nas duas, candidatou-se novamente a prefeito e mais uma vez fez uma campanha retrógrada.

O que irá acontecer de fato: Serra não admitirá nenhum erro e vai continuar tentando ser candidato à presidência.

Moral da história: A ambição, assim como a cólera, é muito má conselheira (provérbio português).

1. Após oito anos como prefeito de São Paulo, José Serra deixou o cargo com a popularidade em alta em 2012. Avaliado como “bom” e “ótimo” pela ampla maioria dos paulistanos, Serra melhorou o trânsito da cidade, o transporte e a educação pública e minimizou o problema das enchentes. Fez projetos na periferia e atendeu reivindicações dos mais carentes. Conseguiu inclusive eleger com folga sua sucessora, Soninha Francine, pelo PPS, partido-irmão do PSDB, também conhecido como “puxadinho”. Após terminar o mandato, Serra disse que pretende viajar para se preparar para a eleição de 2014 à presidência. “Acho importante conhecer o Brasil inteiro, coisa que nunca fiz”, declarou.

2. Após oito anos como governador de São Paulo, José Serra deixou o cargo com a popularidade em alta em 2014. Fez uma administração considerada revolucionária nas áreas de saúde e educação, além de investir na ampliação do metrô. Tudo com a maior transparência possível, sem superfaturamentos ou qualquer suspeita pairando sobre as obras de grande porte. Embora tenha que disputar a convenção do PSDB com outros quatro candidatos, como Aécio Neves, Serra é considerado a maior pedra no caminho da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Antes de entrar na disputa, ele declarou que não pretende explorar o assunto religião ou aborto em sua campanha presidencial. “Defendo um Estado laico”, garantiu.

3. Após a derrota para Dilma Rousseff na campanha para a presidência em 2010, José Serra disse que pretende se dedicar à vida acadêmica antes de tentar novamente disputar um cargo eletivo. O tucano disse necessitar de tempo para refletir sobre sua trajetória política. Serra fez uma inflexão e admitiu haver sido “um erro” sua guinada rumo ao conservadorismo na campanha. “Eu contrariei minhas origens, minha biografia de homem de esquerda. Isto foi um equívoco que não pretendo repetir”, prometeu.

4. Após a derrota para Fernando Haddad na eleição para prefeito de São Paulo em 2012, José Serra anuncia seu afastamento definitivo da política partidária para se dedicar integralmente às palestras, aos artigos para jornais e aos estudos. Já tem até o título do livro que pretende publicar: Não Vale Tudo. No futuro, Serra almeja ainda criar uma universidade livre dedicada aos estudos políticos, que irá reunir intelectuais de renome de todos os matizes, da esquerda à direita. O objetivo é contribuir com soluções para o Brasil. “Já que não consegui ser eleito, gostaria de deixar minha contribuição ao País em termos de ideias”, afirmou.

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