Política

Às vésperas do fim do julgamento da trama golpista, Lula promove almoço com comandantes militares

O encontro tem no ‘cardápio de pautas’ os últimos detalhes do desfile do Dia da Independência e o estreitamento de relações entre Planalto e Forças Armadas

Às vésperas do fim do julgamento da trama golpista, Lula promove almoço com comandantes militares
Às vésperas do fim do julgamento da trama golpista, Lula promove almoço com comandantes militares
O presidente Lula (PT), comandantes militares e o ministro da Defesa, José Múcio. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Lula (PT) recebe nesta sexta-feira 5 no Palácio da Alvorada os atuais comandantes das Forças Armadas, ex-integrantes da cúpula militar e o ministro da Defesa, José Múcio, para um almoço de caráter informal.

A iniciativa acontece em um momento de tensão no cenário político e institucional, marcado pela reta final do julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Participam do encontro o general Tomás Paiva (Exército), o almirante de esquadra Marcos Olsen (Marinha) e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Também estão convidados ex-comandantes que atuaram em gestões anteriores de Lula e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Marcos Amaro.

Segundo auxiliares do governo, não há uma pauta oficial definida. O gesto busca reforçar o canal de diálogo com os militares e consolidar uma relação que, desde o início do atual mandato, tem sido permeada por cautela.

O ministro José Múcio, que sugeriu o almoço, vem defendendo que eventuais responsabilidades de integrantes das Forças Armadas nos atos de 8 de Janeiro de 2023 só sejam definidas pelo Judiciário, evitando desgaste direto com a tropa.

A aproximação se dá também às vésperas do desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, que contará com a presença de Lula, Múcio e dos comandantes. O governo avalia que o clima de normalidade na celebração da Independência terá peso simbólico diante das acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros ex-integrantes de seu governo, a maioria militares, apontados pela Procuradoria-Geral da República como articuladores da trama golpista.

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