Política
As reações de governistas e bolsonaristas à reunião Lula-Trump
Enquanto a extrema-direita tenta minimizar os avanços, a base aliada parabeniza o petista
Governistas e opositores reagiram neste domingo 26 à reunião entre os presidentes Lula (PT) e Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro teve o objetivo de negociar as tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o encontro simboliza “a volta de um Brasil que fala de igual pra igual com o mundo”. O líder do PT na Câmara aproveitou a publicação nas redes sociais para responder à família Bolsonaro. “E dá pra imaginar o clima na família Bolsonaro neste domingo… ver o ‘ídolo’ deles recebendo Lula com respeito, depois de dedicarem anos de bajulação e subserviência, deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado.”
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Rogério Correia (PT-MG), também apostou em um tom provocativo. “Até Trump já sabe que novembro chegando, a Papuda vem junto para Bolsonaro e os EUA não está nem aí.”
Quem também se manifestou nas redes foi o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ele se limitou a dizer que o Brasil “retoma o diálogo com o mundo sob a liderança de um verdadeiro estadista”.
As reações na extrema-direita
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que vive nos Estados Unidos, chamou Lula de “ex-presidiário” e disse que o tema “Jair Bolsonaro” incomoda o petista.
Já o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) alegou que a reunião entre os líderes “não saiu como o Barbudinho esperava” e citou os elogios de Trump a Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que o tarifaço nunca foi culpa de Eduardo Bolsonaro. “Há meses o Brasil paga o alto preço da falta de humildade de um Descondenado presidente arrogantemente que não quis negociar logo o tarifaço.”
Desde o anúncio das sanções contra o Brasil, há um embate político travado por lideranças do Congresso Nacional. Eduardo, que trabalha para impor sanções ao Brasil a fim de pressionar pela anistia a seu pai e a outros golpistas, é um dos principais componentes da crise.
Apesar do encontro entre Lula e Trump ter sido “positivo”, de acordo com o governo brasileiro, uma primeira reunião de negociação que estava prevista para acontecer neste domingo ainda não foi confirmada.
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