A ministra da Cultura, Margareth Menezes, juntamente com Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, anunciaram nesta quinta 12, o relatório preliminar sobre danos causados pela invasão bolsonarista aos bens nas sedes dos três Poderes.
Até o momento não há estimativa de valores e nem prazos para a restauração.
Sabe-se que “os recursos vão sair de Câmara, Senado, Presidência sobre o Governo Federal e Secretaria da Cultura”, enfatizou Grass.
A equipe também terá o apoio dos técnicos restauradores e outros especialistas da Unesco. A ministra Margareth Menezes fechou o acordo nesta segunda-feira 9 com a diretora e representante da agência no Brasil, Marlova Noleto.
Ao ser questionado sobre a responsabilidade dos invasores no pagamento de parte da restauração, o presidente do Iphan disse não ter certeza se eles irão arcar com algum custo, haja visto que as prisões não foram finalizadas.
Grass também anunciou a criação de uma comissão, uma força-tarefa que irá calcular os valores e prazos para restauração. A presidente da comissão será Jurema Machado, ex-presidente do Iphan.
O relatório divulgado hoje é dividido em três etapas de curto, médio e longo prazo até a efetiva recuperação do patrimônio.
São estas: as ações emergenciais, o mapeamento de danos e a elaboração de projetos.
Também estavam presentes na coletiva, o coordenador técnico da superintendência do Iphan no Distrito Federal, Maurício Goulart e a arquiteta e urbanista do Instituto, Laura Camargo.
Em relação à gravidade dos danos, eles afirmaram que não há um panorama geral devido a especificidade de cada obra de arte.
Algumas obras, como o relógio doado por João XVI, foram encaminhadas à restauração. Outras peças ainda carecem de análise.
Já a respeito das condições físicas, Goulart destacou que são reversíveis. “A maioria dos danos aos edifícios são danos reparáveis: troca de vidro, depredação de porta, arrombamento, danificação do piso”, afirmou.
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