As perguntas que continuam sem resposta sobre a viagem de Carlos Bolsonaro à Rússia

Governo informou apenas que não teve gastos com o filho do presidente na comitiva presidencial

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) Foto: Reprodução/Rio TV Câmara

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O governo informou ontem que não teve gastos com a viagem do filho do presidente Jair Bolsonaro e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) à Rússia no mês passado junto à comitiva presidencial. A informação foi solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pedir a investigação do caso.

O parlamentar solicitou que seja investigada a participação de integrantes do chamado “gabinete do ódio” na comitiva e “seus reflexos sobre a integridade das eleições de 2022”. No começo de março, a PGR informou que não identificou indícios de crimes na viagem, mas pediu que fosse enviado um ofício ao Palácio do Planalto para que o governo prestasse informações sobre o assunto “se entender pertinente”. A partir disso, Moraes requisitou informações à Presidência da República, respondidas agora.

As repostas do governo, porém, não acabou com as dúvidas sobre a viagem. Veja aqui as perguntas que ficaram sem respostas:

Por que Carlos Bolsonaro integrou a comitiva presidencial à Rússia?

Vereador no Rio de Janeiro, o filho do presidente integrou a comitiva do pai que foi à Rússia em fevereiro, apesar de não ter cargo oficial no governo federal.

Quem custeou a ida de Carlos à Rússia?


O governo informou apenas que não teve gastos com a ida de Carlos à Rússia. A Câmara Municipal do Rio também já negou que tenha arcado com os custos da viagem. Mas até o momento, não foi esclarecido como foram pagas as despesas de transporte, consumo e hospedagem do vereador.

O que Carlos fez durante a viagem?

Nos documentos enviados ao STF, não foi informada a agenda de Carlos na Rússia. Apesar de não ter função oficial no governo, o vereador é apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”, assim como o assessor presidencial Tércio Arnaud, que também viajou com o grupo.

Se ‘fertilizantes’ foi uma pauta importante durante a viagem, por que a ministra responsável pelo tema não estava presente?

O presidente Bolsonaro disse que um dos assuntos mais importantes na conversa que teve com Vladimir Putin foi “a questão dos fertilizantes”. No grupo que foi à Rússia, porém, não estava presente a ministra Tereza Cristina, titular da Agricultura, pasta responsável por tratar do assunto.

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1 comentário

BENVINDA ROSALINA DOS SANTOS 15 de março de 2022 14h55
Nada de bom ou frutífero se pode esperar do filhote deste presidente. Sabidamente perverso, podemos esperar que ou foi queimar , na realidade triturar papéis relacionados aos vários crimes da famiglicia e contratar os serviços espúrios de fakes news e interferências nas próximas eleições. Contravenção é o lema do tal gabinete do ódio que o dito cujo chefia. Pergunto: porque a câmara de RJ permite que ele fique em Brasília quando deveria estar TRABALHANDO na cidade e pela cidade do Rio de Janeiro?

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