Política

As bravatas do campeão de votos Eduardo Paes

Ele se sente o imperador do Rio e já esqueceu propostas feitas na campanha

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Tudo como d’antes…

No Rio de Janeiro, a eleição para prefeito não terá segundo turno. Eduardo Paes ganhou logo no primeiro, com maioria esmagadora de votos.

Bastou sair o resultado e o alcaide começou a botar as unhas de fora. Simplesmente abandonou sua postura de político subalterno e voou para Brasília com seu “chefe” Sérgio Cabral – que anda calado, em fase de “muda” – e, atabalhoadamente foi comemorar com a presidente Dilma o resultado das urnas no Rio.

No encontro, aproveitando o embalo, já indicou o governador Cabral para vice na chapa da presidente nas próximas eleições, em 2014. Para lembrar: Cabral e Paes são do PMDB, partido aliado do PT. Mas o vice-presidente, Michel Temer, também é do PMDB. Gafe de Paes? Foi. Mas vale. De repente, ele garante uma vaguinha de ministro para Cabral continuar sob os holofotes nos próximos dois anos. Seria uma solução para encaixar confortavelmente algumas peças do tabuleiro fluminense: Cabral ministro ganha tempo para que a população esqueça as festinhas de Paris; o vice-governador, Pezão, assume e governo e trabalha, com a máquina do Estado, para se eleger governador em 2014.

Para Paes, agora se sentindo imperador do Rio, o resto é o resto.

Esqueçam…

Há menos de uma semana, Mino Carta lembrou neste espaço que FHC, negando a si mesmo, pediu: “Esqueçam o que eu disse”. Pois bem, Eduardo Paes também já partiu para essa máxima: apesar de, em campanha ter prometido não aumentar impostos, agora, firme, diz que o IPTU terá aumento. E se nega a voltar ao assunto. Portanto, senhores eleitores, podem preparar o bolso para mais esse aumento logo no primeiro mês do ano que vem.

E mais: os moradores de Copacabana – que pagam alto IPTU – serão alijados do direito de ir e vir também na noite de Natal. Paes convidou o adorável Steve Wonder para cantar na praia exatamente nesse dia, isolando, como de costume, todo o bairro.

Além do incômodo, quanto custará isso? Que ganho a cidade terá, numa época do ano em que está lotada? Mas, tudo bem, no réveillon, como já é tradição, teremos mais gente na praia de Copa. Como diria meu neto Victor, “fica frio, vai ser suave”. À parte o fato de que locais próprios para shows, no resto da cidade, ficam sem uso – estádios, salões de eventos, Sambódromo, vamos nós aturar mais esse uso indevido da praia mundialmente conhecida por sua beleza.

Sem se importar com o vereador Eliomar, Paes segue com seu marketing

Agora, o lado que o prefeito reeleito vai ter que baixar a bola, e se defender: o vereador do PSOL, Eliomar Coelho, também reeleito, andou fazendo contas: em 2012, os gastos da prefeitura do Rio em publicidade alcançaram a cifra de R$ 34,5 milhões. Esse valor excede à média de R$ 19,6 milhões gastos nesse item nos três últimos anos, o que, pela legislação brasileira, é proibido.

O vereador, dizendo-se assustado com a quantidade de dinheiro que a gestão do alcaide Eduardo Paes gasta com publicidade e propaganda, resolveu entrar com representação no Ministério Público Eleitoral.

Irritado, Eliomar Coelho lembra que “se essa ação for pra frente, Paes pode ficar inelegível nos próximos oito anos e ter seu diploma de prefeito cassado.”

Será? Vamos acompanhar os, agora seguros, passos do prefeito. Ainda nesta sexta-feira, dia 19, estamos com mais um caderno do Globo – “projeto de Marketing” – em que Paes fala bem dele mesmo: uma maravilha.

Internautas ironizam as atitudes do prefeito

Em tempo de novas providências anunciadas: as passagens de ônibus, no Rio, custarão mais de três reais – provavelmente R$ 3,05 a partir de janeiro. Na internet, o pessoal já está brincando. Enfim, viva o povo carioca!

Tudo como d’antes…

No Rio de Janeiro, a eleição para prefeito não terá segundo turno. Eduardo Paes ganhou logo no primeiro, com maioria esmagadora de votos.

Bastou sair o resultado e o alcaide começou a botar as unhas de fora. Simplesmente abandonou sua postura de político subalterno e voou para Brasília com seu “chefe” Sérgio Cabral – que anda calado, em fase de “muda” – e, atabalhoadamente foi comemorar com a presidente Dilma o resultado das urnas no Rio.

No encontro, aproveitando o embalo, já indicou o governador Cabral para vice na chapa da presidente nas próximas eleições, em 2014. Para lembrar: Cabral e Paes são do PMDB, partido aliado do PT. Mas o vice-presidente, Michel Temer, também é do PMDB. Gafe de Paes? Foi. Mas vale. De repente, ele garante uma vaguinha de ministro para Cabral continuar sob os holofotes nos próximos dois anos. Seria uma solução para encaixar confortavelmente algumas peças do tabuleiro fluminense: Cabral ministro ganha tempo para que a população esqueça as festinhas de Paris; o vice-governador, Pezão, assume e governo e trabalha, com a máquina do Estado, para se eleger governador em 2014.

Para Paes, agora se sentindo imperador do Rio, o resto é o resto.

Esqueçam…

Há menos de uma semana, Mino Carta lembrou neste espaço que FHC, negando a si mesmo, pediu: “Esqueçam o que eu disse”. Pois bem, Eduardo Paes também já partiu para essa máxima: apesar de, em campanha ter prometido não aumentar impostos, agora, firme, diz que o IPTU terá aumento. E se nega a voltar ao assunto. Portanto, senhores eleitores, podem preparar o bolso para mais esse aumento logo no primeiro mês do ano que vem.

E mais: os moradores de Copacabana – que pagam alto IPTU – serão alijados do direito de ir e vir também na noite de Natal. Paes convidou o adorável Steve Wonder para cantar na praia exatamente nesse dia, isolando, como de costume, todo o bairro.

Além do incômodo, quanto custará isso? Que ganho a cidade terá, numa época do ano em que está lotada? Mas, tudo bem, no réveillon, como já é tradição, teremos mais gente na praia de Copa. Como diria meu neto Victor, “fica frio, vai ser suave”. À parte o fato de que locais próprios para shows, no resto da cidade, ficam sem uso – estádios, salões de eventos, Sambódromo, vamos nós aturar mais esse uso indevido da praia mundialmente conhecida por sua beleza.

Sem se importar com o vereador Eliomar, Paes segue com seu marketing

Agora, o lado que o prefeito reeleito vai ter que baixar a bola, e se defender: o vereador do PSOL, Eliomar Coelho, também reeleito, andou fazendo contas: em 2012, os gastos da prefeitura do Rio em publicidade alcançaram a cifra de R$ 34,5 milhões. Esse valor excede à média de R$ 19,6 milhões gastos nesse item nos três últimos anos, o que, pela legislação brasileira, é proibido.

O vereador, dizendo-se assustado com a quantidade de dinheiro que a gestão do alcaide Eduardo Paes gasta com publicidade e propaganda, resolveu entrar com representação no Ministério Público Eleitoral.

Irritado, Eliomar Coelho lembra que “se essa ação for pra frente, Paes pode ficar inelegível nos próximos oito anos e ter seu diploma de prefeito cassado.”

Será? Vamos acompanhar os, agora seguros, passos do prefeito. Ainda nesta sexta-feira, dia 19, estamos com mais um caderno do Globo – “projeto de Marketing” – em que Paes fala bem dele mesmo: uma maravilha.

Internautas ironizam as atitudes do prefeito

Em tempo de novas providências anunciadas: as passagens de ônibus, no Rio, custarão mais de três reais – provavelmente R$ 3,05 a partir de janeiro. Na internet, o pessoal já está brincando. Enfim, viva o povo carioca!

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