Nos bastidores do Senado há uma certeza sobre o segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL): independente de quem vença, será uma eleição tão ou mais apertada do que a de 2014, que contrapôs Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Os parlamentares aliados do ex-capitão embarcam em uma suposta tendência de virada nesta reta final de campanha. Já os que estão ao lado de Lula reforçam a tese do voto consolidado do primeiro turno, o que confirmaria o favoritismo do petista.
Na terça-feira 18, após sessão no Congresso que homenageou o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, CartaCapital conversou em caráter reservado com alguns senadores que ainda não declararam abertamente o apoio no segundo turno. Neste grupo, a opinião majoritária é de que uma vitória de Bolsonaro, a menos de duas semanas para a eleição, é improvável.
A avaliação predominante entre eles é de que, mesmo após o presidente turbinar os programas sociais, reduzir o preço dos combustíveis e se vangloriar de uma deflação, as pesquisas dos principais institutos do País mostram que Lula segue à frente na disputa.
É o caso do levantamento da Quaest, divulgado nesta quarta-feira 19, que coloca o ex-presidente com 47% das intenções de voto contra 42% de Bolsonaro. Na Ipespe, a vantagem do petista sobre o ex-capitão é de 6 pontos percentuais. A liderança de Lula se repete nas pesquisas PoderData, Atlas, Ipec, CNT/MDA e Datafolha.
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