A Procuradoria-Geral da República acionou a Polícia Federal para obter detalhes sobre o ataque sofrido pelo ministro Alexandre de Moraes e sua família enquanto viajavam pela Itália.
O procurador-geral, Augusto Aras, afirmou que tomará todas as medidas cabíveis em relação ao caso, que classificou como uma atitude “repulsiva”.
Na sexta-feira 14, Alexandre de Moraes e sua família estavam no aeroporto de Roma quando um grupo de três brasileiros, dois homens e uma mulher, confrontaram o magistrado com ofensas e, na sequência, participaram para a agressão física. Os três indivíduos já foram identificados pela PF.
O caso gerou comoção entre juízes e nomes do novo governo. A Associação dos Juízes Federais do Brasil solicitou “efetiva e exemplar responsabilização dos autores” e afirmou que ministros do Supremo Tribunal Federal merecem tratamento “digno e respeitoso” no exercício de função tão relevante. A carta foi assinada por outras oito associações.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, questionou “até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, [até] mesmo quando acompanhados de suas famílias?”. O ministro taxou ao comportamento criminoso de “quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso”.
O brasileiro apontado como agressor do filho de Alexandre de Moraes, Roberto Mantovani, foi candidato a prefeitura na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, no interior de SP, em 2004.
Andreia Muranão, Mantovani e Alex Zanatta encontraram o ministro do STF no aeroporto de Roma por volta das 18h45 da sexta-feira. De acordo com a investigação, Andreia teria sido a primeira a xingar Moraes de “bandido”, “comunista” e “comprado”. As ofensas foram engrossadas pelos dois homens que, momentos depois, agrediram fisicamente o filho do ministro.
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