A Procuradoria-Geral da República abriu uma apuração preliminar para apurar se o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu os crimes de falsidade ideológica e fraude processual ao incluir em documento do plano de vacinação pesquisadores que não haviam sido consultados formalmente para tal.
O plano foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2020 e, entre outras reclamações feitas por especialistas em relação ao plano, estava a inclusão de nomes da área sem consulta prévia.
Em carta, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) contestou tanto o conteúdo do plano como a menção aos professores.
“Estes profissionais foram recomendados ao MS, atendendo a expressa demanda institucional, para contribuir à construção do assim chamado ‘plano’ de vacinação contra a COVID-19, porém o acolhimento de suas recomendações técnico-científicas ocorreu em graus variados e sempre ancilares. Pelo exposto, a presença de seus nomes, na condição ambígua de elaboradores ou colaboradores, pode permitir a incorreta interpretação do seu envolvimento e, portanto, responsabilidade pela autoria do trabalho apresentado”, diz a carta
Augusto Aras atendeu a um pedido feito pela deputada federal Natalia Bonavides (PT-RN).
A PGR atendeu nosso pedido e abriu a investigação sobre a conduta do ministro Pazuello por ter entregado documento de autoria falsa ao STF. Agora aguardamos a devida responsabilização do ministro e de todos os envolvidos!#Equipe pic.twitter.com/qQn0E7J8u0
— Natália Bonavides (@natbonavides) March 5, 2021
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