Política
Após votar, Boulos tenta conter alta na abstenção e pede que paulistanos compareçam às urnas
Candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo acredita em disputa acirrada contra Ricardo Nunes (MDB); últimas pesquisas indicam vantagem de 11 pontos para o prefeito


O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, apelou à população da cidade para que compareça às urnas neste domingo 27, tentando diminuir o índice de abstenção para se aproximar do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que liderou as pesquisas de intenção de votos durante todo o período do segundo turno.
“Eu quero fazer um pedido para você que acredita na mudança em São Paulo: não deixe de votar. Essa eleição vai ser acirrada, vai ser decidida voto a voto. Não deixe de exercer seu direito democrático de ir à urna. A mudança depende de vocês”, disse Boulos após votar em uma escola pública na Zona Sul da capital paulista.
No primeiro turno, 27% dos eleitores da capital paulista deixaram de votar, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Isso significa mais de 2,5 milhões de votos, volume superior à quantidade de votos obtidas tanto por Boulos quanto por Nunes em 6 de outubro.
O psolista compareceu ao local de votação acompanhado de familiares; da candidata a vice, Marta Suplicy (PT); e de três integrantes do primeiro escalão do governo federal: as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Boulos votou ao lado de Marta, de familiares e ministros – Foto: Reprodução
“Meu adversário teve a chance dele durante três anos e meio e não fez. O que eu e a Marta Suplicy, minha vice, o que nós estamos pedindo é uma chance para São Paulo. Uma chance para todos vocês que vão às urnas hoje”, afirmou o psolista à imprensa após a votação.
Pesquisas de três grandes institutos (Datafolha, Quaest e Atlas) divulgadas na véspera da votação deste segundo turno mostram cenários idênticos, com Boulos 11 pontos percentuais atrás de Nunes. Ainda assim, o candidato do PSOL afirma que mantém o otimismo e aposta em uma disputa “voto a voto” neste domingo.
“Eleição se define nas últimas horas. Ninguém ganha eleição de véspera. Isso é muito importante a gente ter em mente. E o povo de São Paulo sabe disso. Esses últimos dias eu andei em todas as regiões da cidade. O sentimento que vem das ruas é um sentimento de virada. É um sentimento de mudança”, avaliou.
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