Política

Após veto de Lula, Alcolumbre pede que STF adie mudança em números de deputados

O presidente do Congresso pede para postergar a definição sobre as mudanças para 2030

Após veto de Lula, Alcolumbre pede que STF adie mudança em números de deputados
Após veto de Lula, Alcolumbre pede que STF adie mudança em números de deputados
O presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), defendeu no Supremo Tribunal Federal que as mudanças no número de deputados federais por estado passem a valer apenas nas eleições de 2030. A manifestação, enviada à Corte nesta segunda-feira 29, tem como pano de fundo um impasse entre STF, Câmara dos Deputados e o governo federal.

O número atual de deputados foi estabelecido por uma lei complementar de 1993, definindo que o tamanho da representação de cada estado na Câmara deve ser proporcional à população. Em 2023, o STF determinou que a Casa deveria redefinir as bancadas dos estados (sem aumentar o número total de deputados) conforme os dados do último censo promovido pelo IBGE. O prazo para isso ocorrer acabou em junho deste ano.

A Câmara, no entanto, optou por aumentar o número de deputados, de 513 para 513, para evitar que algumas unidades da federação perdessem representantes. A manobra, porém, foi barrada pelo presidente Lula (PT). O veto do petista ainda deve ser apreciado pelo Congresso – sem previsão de ocorrer.

Agora, o caso está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral, que precisa realizar a redistribuição até 1º de outubro.

Em razão da pendência de análise do veto, sustentou Alcolumbre na petição enviada ao STF, seria necessário postergar a definição sobre as mudanças para 2030 com objetivo de “garantir segurança jurídica e estabilidade ao processo eleitoral vindouro”. O relator do processo, Luiz Fux, decidirá se acolhe ou não a solicitação.

Caso o TSE decida reorganizar as cadeiras na Câmara sem aumentar o número total de deputados, sete estados podem perder cadeiras: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Outros setes, podem ganhar: Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Santa Catarina.

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