Após reunião com Campos Neto, servidores do Banco Central ameaçam entrar em greve

Funcionários querem reajuste salarial e reestruturação do plano de carreira

Prédio do Banco Central do Brasil, autarquia ligada ao Ministério da Economia. Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

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Após reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, servidores da instituição anunciaram que está mantido o plano de paralisação por duas horas na manhã de 18 de janeiro.

Os funcionários realizaram um encontro virtual com Campos Neto nesta terça-feira 11, por volta das 14h30. Segundo eles, não houve proposta concreta de reajuste.

“Houve somente declarações de intenções: ‘vamos tentar’, ‘vamos conversar'”, diz nota do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, o Sinal.

De acordo com a entidade, 500 servidores podem deixar os cargos gerenciais comissionados e mais de dois mil devem aderir à mobilização. Caso não haja uma nova reunião com Campos Neto ainda neste mês, a categoria avalia entrar em greve por tempo indeterminado em fevereiro. O BC tem 3.478 empregados.

A categoria argumenta que o presidente do Banco Central receber os servidores no fim do ano passado, quando havia a oportunidade de remanejar recursos no Orçamento de 2022 para acolher as reivindicações da mobilização.

As principais demandas são a reposição das perdas salariais com a inflação e a reestruturação do plano de carreira dos cargos de analista e técnico. O Sindicato argumenta que o presidente Jair Bolsonaro atendeu a solicitações de policiais federais, base eleitoral do governo, e prometeu reajuste salarial neste ano.


No entanto, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tem aconselhado Bolsonaro a não conceder reajuste para nenhuma categoria do funcionalismo, para conter greves de outros servidores que não forem favorecidos.

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