Política

Após questionamento de Meirelles, TSE aprova candidatura de Alckmin

Corte julgou improcedente pedido do MDB que argumentava irregularidade em coligações tucanas

Candidatura de Alckmin foi questionada pelas alianças firmadas entre PSDB e Centrão
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta sexta-feira 31 a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. O pedido para a impugnação da candidatura foi feito pelo seu adversário Henrique Meirelles (MDB).

A procuradora-geral-eleitoral Raquel Dodge defendeu que Meirelles não teria legitimidade para contestar a coligação de Alckmin e defendeu o deferimento do registro de candidatura do tucano. Por essa posição, Alckmin manteria intacto seu tempo de campanha

Votaram pela aprovação da candidatura Alckmin o relator, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, e os ministros Roberto Barroso, Edson Fachin e o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Jorge Mussi, fechando a maioria. Logo após, também a favor da candidatura tucana, votaram os ministros Og Fernandes, Admar Gonzaga e a presidente do tribunal, Rosa Weber.

Pedido

A candidatura de Meirelles argumentava que a coligação de Alckmin (PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD) estaria irregular porque nem todas as legendas expressaram concordância com a participação na campanha em convenção partidária. Já a defesa de Alckmin sustenta problema processual na impugnação apresentada pelo MDB. Isso porque a campanha adversária não teria legitimidade para questionar a coligação do tucano.

Segundo o pedido, o PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD – siglas do chamado “centrão” – não apontaram de maneira explícita, nos documentos entregues ao TSE, que concordam com a participação de todas as legendas na mesma coligação.

Leia também: Entenda a origem e a trajetória do ‘Centrão’, que hoje apoia Alckmin

A coligação de Alckmin conta com um total de oito partidos e tem o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV – 44% do total disponibilizados para os candidatos à Presidência. A campanha de Meirelles aponta que, caso o pedido de rejeição seja aceito, o tempo deve ser repartido entre os candidatos restantes.

A campanha de Meirelles também sugere que, se a candidatura de Alckmin não for rejeitada, o TSE pelo menos retire os seis partidos da aliança do tucano. Sexta-feira foi o último dia possível para contestar a candidatura de Alckmin, que pediu registro junto ao TSE no dia 13 de agosto. O prazo para pedidos de impugnação é de cinco dias a partir do registro.

Em declarações à imprensa, Alckmin classificou o pedido do MDB como “tapetão duro”. “A ação no TSE é totalmente absurda. Não há nenhuma divergência. Isso é tapetão puro. Eu estive na coligação, estive em todas as convenções. Eu fui lá. Fui anunciado, comemorado, foi feita a comemoração, agradeci ao apoio. Não tem o menor sentido querer fraudar a vontade do partido político na aliança”, disse o tucano.

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