Política
Após operação da PF, extrema-direita de Portugal adia evento que receberia Bolsonaro
O organizador do evento e presidente do partido de ultradireita português Chega!, André Ventura, confirmou o adiamento da agenda e manifestou indignação


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai mais a Portugal para participar de um evento da extrema direita agendado para os dias 13 e 14 de maio. O motivo? O evento foi adiado. A decisão ocorre na esteira de ação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de alteração de informações vacinais no sistema do Ministério da Saúde. Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão e teve o celular apreendido.
Segundo informações do UOL, a viagem de Bolsonaro ao país aconteceria no dia 12 de maio, para participar do evento Cimeira Mundial da Direita.
O organizador do evento e presidente do partido de ultradireita português Chega!, André Ventura, falou em suas redes sociais sobre o adiamento do evento e alegou que a apreensão do passaporte de Bolsonaro teve como intuito impedir a sua viagem a Portugal
“Não tenho dúvidas do que vou dizer:a apreensão do passaporte do ex-Presidente Bolsonaro teve como objetivo impedir a sua vinda a Lisboa e é uma retaliação direta ao protesto do Chega contra o Presidente Lula no 25 de Abril. Mas não nos vão enfraquecer nem anular. Voltaremos!”, escreveu.
Não tenho dúvidas do que vou dizer:a apreensão do passaporte do ex-Presidente Bolsonaro teve como objetivo impedir a sua vinda a Lisboa e é uma retaliação direta ao protesto do Chega contra o Presidente Lula no 25 de Abril.
Mas não nos vão enfraquecer nem anular. Voltaremos! pic.twitter.com/5lRNd1pIDR— André Ventura (@AndreCVentura) May 4, 2023
A apreensão do passaporte do ex-presidente, no entanto, não ocorreu, embora constasse em decisão do ministro Alexandre de Moraes. Segundo o STF, o documento não foi apreendido porque coube à PF decidir o que seria de interesse da investigação.
Moraes também determinou que fossem apreendidas “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” na operação da Polícia Federal.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Braço-direito de Bolsonaro discutiu golpe de Estado e prisão de Moraes com aliado, mostram mensagens
Por Wendal Carmo
Operação contra Bolsonaro e Mauro Cid bate recorde de engajamento nas redes, aponta pesquisa Quaest
Por André Lucena
Laudo comprova prática de ‘rachadinha’ no gabinete de Carlos Bolsonaro, diz jornal
Por CartaCapital
Carlos ignora operação contra Bolsonaro; Flávio e Eduardo falam em perseguição
Por CartaCapital