Política

Temer indica advogado para assumir Trabalho após escândalo do PTB

Caio Luiz Vieira de Mello trabalha para escritório que representa grandes empresas, entre elas Vale, Ambev e Odebrecht

Temer nomeou o advogado após a cúpula do PTB ser atingida por investigações
Apoie Siga-nos no

Após o escândalo que levou o PTB a devolver o comando do Ministério do Trabalho ao governo, Michel Temer indicou, nesta segunda-feira 9, o advogado Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello para comandar a pasta. 

Desembargador aposentado, Vieira de Mello foi vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região entre 2008 e 2009. Atualmente, é advogado do escritório de Sérgio Bermundes, que representa clientes de peso, entre eles a Vale, a Ambev, os bancos Citibank e Bradesco e as construtoras Odebrecht e Queiroz Galvão. Sua posse deve ser nesta terça-feira 10. 

Leia também:
PF pede buscas contra Marun, mas Raquel Dodge e Fachin negam
Registro Espúrio: Ministro do trabalho é afastado pelo STF

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, ocupava interinamente o cargo após o Supremo Tribunal Federal afastar o petebista Helton Yomura do cargo. Ele é investigado na operação Registro Espúrio, que investiga fraudes em registros sindicais no ministério. O PTB é o principal alvo das investigações. 

Primeiro, os deputados petebistas Joavir Arantes (GO) e Wilson Filho (PB) foram alvos de busca e apreensão. Em seguida, a operação alvejou a deputada Cristiane Brasil, impedida no início do ano pelo STF de assumir o ministério após ter sido condenada em ações trabalhistas. Seu substituto na pasta, Yomura foi afastado pela Corte por suspeita de envolvimento no esquema de fraudes. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Roberto Jefferson, presidente do PTB e pai de Cristiane Brasil, mas a Justiça não atendeu ao pedido. 

As investigações chegaram até o Secretário de Governo, Carlos Marun, ex-aliado de cunha e articulador político de Temer. A PF pediu para fazer buscas em endereços do ministros após conversas interceptadas apontarem para sua participação, mas Raquel Dodge, procuradora-geral da República, e Edson Fachn, ministro do STF, negaram o pedido. 

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo