Política

Após entrar no governo, PP aprova diretrizes contra aborto e descriminalização de drogas

O partido também mira a contribuição sindical; recentemente, Arthur Lira (PP-AL) disse que o Progressistas faz parte da base da gestão Lula

O senador Ciro Nogueira, presidente do PP. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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A Executiva Nacional do Progressistas aprovou uma reforma na estrutura do partido, criando a Agenda Central, formada por “cláusulas pétreas”, segundo o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

A reunião do colegiado aconteceu na última terça-feira 20. Embora a legenda faça parte da base de apoio do governo federal, conforme definido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PL), o encontro escancarou pontos divergentes entre o partido e a gestão Lula (PT). 

O PP chegou ao primeiro escalão do governo com André Fufuca (PP-MA), o novo ministro do Esporte.

“Deixamos claro que somos contra o aumento de impostos no Brasil e não aceitaremos retrocessos, por exemplo, como a tentativa de retorno da contribuição sindical compulsória”, diz o documento do partido. Novas regras para a contribuição sindical estão no horizonte do governo federal.

No documento, o partido também alega que um de seus princípios é “a valorização de princípios universais e atemporais como respeito à vida, à família e à liberdade religiosa”. Segundo o partido, “a valorização da vida desde sua concepção até a terceira idade emerge como um pilar fundamental para moldar uma sociedade mais cuidadosa e respeitosa”.

Trata-se de uma manifestação contrária às propostas de descriminalização do aborto no País, tema a ser enfrentado pelo Supremo Tribunal Federal nesta semana.

De viés conservador, o documento afirma que o Progressistas se posiciona “contra a descriminalização das drogas, defendendo a prevenção e a educação como pilares para um país livre do flagelo das drogas”. A liberação do porte de maconha para consumo pessoal está na pauta do STF e já é uma realidade em vários países.

Além disso, a nova Agenda Central marca a posição do PP contra as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ao dizer que “proteger propriedades, combater invasões e assegurar os direitos dos legítimos proprietários não apenas traz segurança, mas também fomenta o investimento e a iniciativa privada”.

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