CartaExpressa
Após críticas ao PT, Marília Arraes se reúne com Lula e diz que fez ‘boa conversa’
Deputada havia reclamado sobre postura de diretório petista em Pernambuco em lançar seu nome ao Senado sem autorização


A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) declarou que se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira 21, em São Paulo, e afirmou que houve “boa conversa”. O encontro ocorreu um dia após a parlamentar publicar críticas ao Partido dos Trabalhadores no Twitter.
Junto ao post, ela divulgou uma foto em que aparece ao lado de Lula e faz gesto com as mãos como símbolo de união.
“Tive uma boa conversa política hoje em São Paulo com o presidente Lula. Conversamos sobre o quadro político nacional, analisamos a situação eleitoral em Pernambuco e as alternativas que se colocam no Estado, reafirmando o compromisso com a candidatura do presidente Lula”, escreveu.
No domingo 20, Marília Arraes havia publicado texto com reclamações sobre o diretório petista em Pernambuco, por supostamente indicar o seu nome para se candidatar ao Senado sem consultá-la, em meio a negociações com o PSB.
A parlamentar disse que o ato revelou “descuido” e lembrou que, em 2018, o acordo entre o PT e o PSB impediu a sua candidatura ao governo pernambucano, ainda que houvesse os melhores índices de intenção de voto. Além disso, disse que em 2020 a cúpula do PT tentou inviabilizar a sua candidatura para a Prefeitura de Recife.
“Agora, indelicadamente, usam o meu nome, como massa de manobra”, declarou.
Arraes afirmou que tem conversado com lideranças políticas de Pernambuco e que pretende anunciar, nos próximos dias, o seu “caminho” nas eleições deste ano. Ainda assim, manifestou apoio ao nome de Lula para a Presidência.
CartaCapital procurou a assessoria da parlamentar para confirmar se houve alguma decisão sobre se filiar a um novo partido, mas ela não quis se manifestar.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.