Política
Após crise na distribuição de água, Witzel demite presidente da Cedae
O engenheiro Renato Lima do Espírito Santo foi indicado para substituir Hélio Cabral Moreira no cargo
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), demitiu o presidente Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Hélio Cabral Moreira, nesta segunda-feira 10.
Segundo o governo, Witzel tomou a decisão na qualidade de representante do acionista controlador da Cedae, o estado do Rio. Ele indicou o engenheiro Renato Lima do Espírito Santo para substituir Moreira no cargo.
O governador também convocou, em caráter extraordinário, uma reunião do Conselho de Administração da Cedae para terça-feira 11. O objetivo é tratar exclusivamente da substituição.
A demissão ocorre após a capital fluminense e a região metropolitana enfrentarem uma crise na distribuição de água, que teve início em janeiro. Witzel havia prometido resolver o problema em uma semana, mas o prazo expirou em 30 de janeiro.
Moradores de diversas regiões da cidade se queixam da coloração, do cheiro e do gosto da água. Segundo a Cedae, as alterações ocorreram devido à presença de geosmina, substância orgânica produzida por algas, perto da Estação de Tratamento de Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Dias depois, a companhia identificou a presença de detergentes na água captada no Guandu. Em 3 de fevereiro, a empresa precisou interromper a produção na estação, mas retomou as atividades no dia seguinte.
A Cedae diz que a qualidade da água não foi afetada. Segundo a empresa, “assim que foi identificada a presença de detergentes, a Companhia acionou o protocolo de segurança e interrompeu a operação para não comprometer o tratamento”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.