Economia
Aplicativos exploram os trabalhadores como eles jamais foram explorados, diz Lula a sindicalistas
O petista ainda defendeu que países da América Latina estabeleçam agendas em comum para fortalecer o movimento sindical
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira 1º, as empresas de aplicativos que “exploram os trabalhadores como jamais foram explorados”. O petista ainda afirmou que as entidades sindicais têm o desafio de propor uma nova “relação trabalho-capital”.
“As fábricas já não têm a quantidade de trabalhadores que tinham, o trabalho informal ocupa espaço do formal e as empresas de aplicativos exploram os trabalhadores como jamais foram explorados. Cabe aos dirigentes sindicais representar os trabalhadores para a seguridade social que os trabalhadores estão perdendo em todo o mundo”, declarou.
Ao lado do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica e de lideranças da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas, Lula defendeu que países da América Latina estabeleçam agendas em comum a fim de fortalecer o movimento sindical na região.
“O que nós conseguimos avançar em seis anos, a gente retrocedeu o dobro em apenas quatro anos. Acredito na construção de uma grande nação, de uma América do Sul sem fronteiras. Vamos construir essa América Latina mais unificada se a gente compreender que juntos seremos mais fortes e sozinhos somos muito fracos“, afirmou, ao mencionar os ex-presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Cristina Kirchner, da Argentina.
O presidente também disse que o governo de Jair Bolsonaro “não teve nenhum compromisso com o povo trabalhador” e pregou a reconstrução de instâncias multilaterais, como a Celac e a Unasul.
“No Brasil, nos últimos quatro anos, não foi permitido ao povo fazer quase nada. O movimento social não tinha com quem se reunir. O movimento de trabalhadores não tinha com quem se reunir. Mas nós voltamos e vamos reconstruir a democracia plena, com o povo participando das decisões.”
Além de Mujica, marcaram presença na cerimônia ministros de Lula, entre eles Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).
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