Política

Ao responder crítica de Lula, ministro da Saúde confunde data de criação do SUS

O ex-presidente disse acreditar que Teich nunca pisou em uma Unidade Básica de Saúde

Ministro da Saúde, Nelson Teich. Foto: PR
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O ministro da Saúde, Nelson Teich, usou sua conta no Twitter nesta terça-feira 06 para responder uma crítica feita pelo ex-presidente Lula, que acusou o chefe da pasta de nunca ter pisado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “Ele só entrou em hospital pra vender plano. É um cara especialista em fundos, não deve nunca ter tirado a pressão de um paciente. Espero não precisar nunca tomar uma injeção com ele”, disse o ex-presidente.

Ao responder Lula, Teich afirmou que essa informação é falsa e justificou dizendo que iniciou sua carreira de médico no SUS há 39 anos. No entanto, o ministro errou a data de criação do Sistema Único de Saúde.

Ao contrário do que diz Teich, o SUS foi criado há 32 anos, na Constituinte de 1988. Antes disso existia um sistema de saúde que atendia, no setor público, os pacientes que tinham direito aos Institutos de Assistência aos Servidores. Quem não tivesse direito e acesso a esses institutos, tinha que ser atendido em outro sistema paralelo, que eram os sistemas públicos estaduais e municipais.

Em 1986, no fim da ditadura no Brasil, aconteceu a 8ª Conferência Nacional da Saúde que pela primeira vez na história contou com a participação da sociedade civil organizada no processo de construção do que seria o novo modelo de saúde pública brasileiro.

 

O relatório da conferência teve suas principais resoluções incorporadas à Constituição Federal de 1988 e em 1991 as formulações do SUS foram regulamentado pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que universalizou o acesso à saúde.

No Twitter, o ministro foi alertado por um seguidor e em seguida se corrigiu.

Teich é um oncologista com experiência empresarial. Ele foi escolhido por Bolsonaro para substituir o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Teich é um médico com experiência empresarial  e foi um dos consultores da campanha do capitão.

No mundo empresarial, ajudou a fundar o grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas), que presidiu até 2018, e foi sócio de Denizar Vianna — secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos- – no MDI Instituto de Educação e Pesquisa.

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