Política

Ao lado de Wassef, Jair Renan depõe à PF sobre suspeitas de corrupção

Os investigadores tentavam ouvir o ’04’ há quatro meses, sem sucesso. Ele já havia sido intimado em dezembro, mas não compareceu à oitiva

Jair Renan, o filho '04' de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O filho ’04’ do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, compareceu à Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira 7 para prestar depoimento no inquérito sobre suspeitas de corrupção e tráfico de influência.

O advogado Frederick Wassef, que acompanhou Renan na ida à PF, disse a jornalistas que o cliente “não vai se manifestar, sob minha orientação”. Também alegou que o filho de Bolsonaro é “a maior vítima de fake news“.

Os investigadores tentavam ouvir Jair Renan há quatro meses, sem sucesso. Ele já havia sido intimado em dezembro, por meio da sua defesa, mas não compareceu ao depoimento. Os advogados pediram adiamento. Depois, a PF enviou o inquérito ao Ministério Público Federal, que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências. Passados quatro meses, a investigação foi retomada com a oitiva.

Documento do inquérito aponta que houve associação de Jair Renan com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.

As suspeitas sobre Jair Renan Bolsonaro envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

O grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção e tem interesses no governo federal presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em 90 mil reais.

Um mês após a doação, em outubro do ano passado, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, uma das empresas do conglomerado, se reuniu com Marinho. Segundo o ministério, o encontro, que também teve a participação de Jair Renan, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.

(Com informações da Agência O Globo)

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