Anvisa pede informações à Prevent Senior sobre irregularidades em hospitais

Unidades de atendimento estariam sem licenças de funcionamento, segundo denúncias feitas à CPI da Covid

Foto: Reprodução

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária solicitou informações sobre a regularidade das instalações da rede Prevent Senior, em ofícios à Coordenadoria de Vigilância em Saúde da cidade de São Paulo e ao Centro de Vigilância Sanitária paulista.

 

 

O órgão deu 48 horas para que o município e o estado de São Paulo respondam às demandas.

A Anvisa destacou o registro de denúncias na CPI da Covid de que hospitais da Prevent Senior estariam funcionando sem alvará e licenciamento. As unidades envolvidas seriam destinadas ao tratamento de pacientes com Covid-19.


Segundo a rede, no entanto, os locais teriam autorização para funcionar como hospitais de campanha.

A notificação ocorre em meio ao escândalo que envolve a Prevent Senior em casos de mortes de pacientes com Covid-19 que teriam recebido medicamentos ineficazes sem serem comunicados. Na terça-feira 28, a Agência Nacional de Saúde Suplementar autuou a rede de saúde e disse que há indícios suficientes de condutas irregulares.

 

Prevent Senior é foco de escândalo

Na terça-feira 28, a advogada Bruna Morato fez uma série de denúncias na CPI da Covid contra a Prevent Senior. Ela defende um grupo de médicos que declarou aos senadores que a empresa obrigava os profissionais a prescrever remédios sem eficácia e os coagia a alterar prontuários para ocultar a Covid dos documentos. A aplicação desses medicamentos serviria, segundo Bruna Morato, para reduzir custos com internações.

A Prevent Senior nega todas as acusações.

Um dos casos de ocultação ilegal de informações seria o de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Aos 82 anos, ela morreu de Covid-19 como paciente da Prevent Senior. Porém, o dossiê de 15 médicos entregue à CPI diz que a declaração de óbito teria sido fraudada para esconder o novo coronavírus como causa da morte.

O prontuário médico demonstra que ela tomou hidroxicloroquina e azitromicina, remédios ineficazes contra a Covid-19, além de ter sido submetida ao procedimento de ozonioterapia. Na CPI, Hang disse desconhecer a razão da ausência de menção à doença na declaração de óbito.

 

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