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Antes mesmo de assumir, Lula é convidado para Cúpula do Clima

O presidente eleito ainda não informou se irá aceitar o convite; Marina Silva, sua aliada, garante que o petista enviará, pelo menos, representantes ao evento

Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP
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O presidente eleito Lula (PT) recebeu, na segunda-feira 31, um convite para representar o Brasil na COP-27, tradicional Cúpula do Clima, que será realizada em novembro, no Egito. O convite foi feito pelo país anfitrião do evento, que também parabenizou o político pela eleição de domingo 30 . A informação é do jornalista Jamil Chade, do site UOL.

Apesar do convite, ainda não está claro se Lula irá comparecer. Sua equipe antecipou, no entanto, que a emergência climática deverá pautar a agenda internacional do presidente eleito. Há ainda, segundo Chade, a possibilidade de que, na gestão Lula, o Brasil seja sede de uma conferência internacional sobre o clima.

A deputada Marina Silva, aliada do presidente e que encabeçou as principais propostas sobre o clima no plano de governo petista, garantiu que Lula enviará pelo menos representantes para a COP-27, mesmo que essa delegação não seja oficial. A informação consta em uma entrevista dada pela parlamentar à agência de notícias internacionais Reuters.

Segundo disse, Lula pretende levar para a COP-27 uma proposta de revisão das metas nacionais de emissão de gases do efeito estufa. A ideia, de acordo com Marina, seria tornar os objetivos brasileiros ainda mais ambiciosos.

Celso Amorim, ex-chanceler de Lula e seu conselheiro pessoal nas questões internacionais, também sinalizou positivamente para a possibilidade do presidente eleito estar no evento. “Ele está interessado em ir e recebeu um convite de governadores. Agora precisamos ver as datas exatas e se funcionará ou não”, explicou.

Caso aceite o convite, Lula e sua delegação reforçarão o isolamento internacional de Jair Bolsonaro, que irá mandar representantes, mas provavelmente não estará na COP-27, assim como não esteve na cúpula anterior, realizada em Glasgow, na Escócia. Ele foi um dos poucos líderes mundiais a não comparecer pessoalmente ao encontro.

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