Política

Anielle promete acionar comissão de ética do PT após Quaquá defender inocência de Domingos Brazão

O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro é acusado de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL)

Anielle promete acionar comissão de ética do PT após Quaquá defender inocência de Domingos Brazão
Anielle promete acionar comissão de ética do PT após Quaquá defender inocência de Domingos Brazão
O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e José Cruz/Agência Brasil
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prometeu acionar o conselho de ética do PT contra o vice-presidente nacional da sigla e atual prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá.

O dirigente recebeu nesta quinta-feira 9 a família de Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes. Ele ainda defendeu, em suas redes sociais, a inocência dele.

“Li todo o processo e não há sequer uma prova contra eles! Eu podia me calar e não me expor para defender alguém que já foi condenado pela mídia. Mas não posso fazer isso!”, disse.

A ministra, por sua vez, lamentou o posicionamento do político. “Inacreditável, depois de tudo que a gente passou, ver pessoas se aproveitarem e usarem o nome da minha irmã sem qualquer responsabilidade”, afirmou.

Ela ainda declarou que Quaquá usa o caso de Marielle “de maneira repugnante e que é contra a postura do próprio governo e do partido”. “Tirem o nome da minha irmã da boca de vocês”, completou.

Domingos Brazão, que era conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, é acusado de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco, em 2018. Ele e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, estão presos preventivamente por suspeita de envolvimento com o crime.

Procurado por CartaCapital, Quaquá afirmou que quer apenas que os assassinos da Marielle não tenham regalias e nem penas diminuídas e que não existem “provas concretas e cabais” para se chegar aos mandantes do assassinato.

“Tem muita gente que só ganhou notoriedade na vida e construiu carreira a partir da morte de Marielle e que surfa nesse infeliz e brutal acontecimento. Eu não sou e nunca fui um desses”, afirmou. “Como um militante de esquerda não tolero injustiça seja contra quem for“, disse.

“É fácil livrar gente mais graúda para culpar inocentes”, finalizou.

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