Política

Anderson Torres diz que Gonet realiza ‘perseguição implacável’ e contesta acusação de passagem forjada

O ex-ministro um dos oito réus que a PGR pediu a prisão no processo contra o núcleo crucial da trama golpista

Anderson Torres diz que Gonet realiza ‘perseguição implacável’ e contesta acusação de passagem forjada
Anderson Torres diz que Gonet realiza ‘perseguição implacável’ e contesta acusação de passagem forjada
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Anderson Torres. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira 15 que o Procurador-Geral da República Paulo Gonet realiza uma “perseguição implacável” que visa a destruição da família do ex-ministro.

“O que se vê, portanto, é uma perseguição implacável, que visa não apenas à condenação de Anderson Torres, mas à destruição de sua família, desbordando completamente dos limites da legalidade, da boa-fé, do devido processo legal e lealdade processual”, registrou em um documento protocolado no Supremo Tribunal Federal.

Além das acusações, os advogados do ex-ministro tentam rebater a alegação da PGR de que Torres teria apresentado uma passagem aérea falsa como justificativa para não estar em Brasília no dia 8 de Janeiro. A procuradoria anexou ao processo uma declaração da Gol desconhecendo a suposta viagem de Torres.

Para rejeitar a acusação, Torres apresentou a declaração de uma agência de turismo citando a emissão de passagens para o ex-ministro no dia 21 de novembro de 2022 às 10h22. Também disponibiliza o acesso à fatura para supostamente comprovar a veracidade da compra.

Nas alegações finais, encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira 14, a falsificação revelaria uma tentativa deliberada do então Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal de Torres de se ausentar e se eximir de responsabilidade pelos atos golpistas.

Torres é um dos oito réus que a PGR pediu a prisão no processo contra o núcleo crucial da trama golpista. São eles:

  • Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal;
  • Almir Garnier Santos, almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Mauro Cid, tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e
  • Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil.

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