Após choques com o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou uma simbólica retaliação ao país: não usará mais a caneta Bic, porque a marca é francesa. A declaração ocorreu na quinta-feira 29, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
No vídeo, o presidente da República falava sobre sua decisão em conceder o indulto de fim de ano a policiais “presos injustamente”.
“Final do ano, espera aí. Aqueles indultos, eu vou escolher alguns caras, colegas policiais que estão presos injustamente aqui no Brasil. Presos por pressão da mídia. Até o final do ano, vai ter policial nesse indulto aqui, espero que o pessoal me abasteça de nomes para a gente analisar quem estiver em condições para a gente botar na rua. Esses sim, botar na rua, tá certo?”, disse o presidente.
Em seguida, o presidente fez menção às marcas das empresas Bic e Compactor.
“Tem casos aí que todo mundo sabe que tem que ter coragem em usar a caneta… a caneta Compactor, não é mais Bic não, é Compactor agora, porque a Bic é francesa”, afirmou Bolsonaro. Ao seu lado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deu risadas com a piada.
No entanto, para zombar da França em função das críticas recebidas em relação à Amazônia, Bolsonaro acabou escolhendo o braço de uma companhia da Alemanha, país que suspendeu verbas de preservação em punição pelas políticas ambientais.
A Compactor é braço da Schneider, marca alemã que, há mais de 80 anos, produz canetas esferográficas, rollerbals, tinteiros, marcadores, cartuchos de tinta e outros produtos “made in Germany”. No Brasil, a fábrica da Compactor está presente há 60 anos.
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