Política

Alvo de busca e apreensão, Moro ataca o PT e se diz vítima de ‘diligência abusiva’

O ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro ainda criticou suposto ‘sensacionalismo na divulgação da matéria’

O ex-juiz Sergio Moro. Foto: Nelson Almeida/AFP
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O ex-juiz Sergio Moro, candidato do União Brasil ao Senado pelo Paraná, criticou o PT e classificou como “abusiva” a operação cumprida pela Justiça Federal em sua casa, neste sábado 3, por propaganda irregular.

A decisão, assinada por Melissa de Azevedo Olivas, juíza auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral paranaense, acolhe parcialmente uma ação apresentada pela federação PT/PCdoB/PV.

Segundo os partidos, diversos materiais impressos da campanha de Moro violam a legislação eleitoral. A acusação de propaganda irregular se estende às redes sociais.

Além de busca e apreensão, a Justiça Eleitoral determinou a remoção de postagens “realizadas em desconformidade com o artigo 36, §4º, da Lei nº 9.504/97, no prazo de 48 horas”, sob pena de multa diária de 5 mil reais.

“Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria”, escreveu nas redes sociais o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). “O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido.”

Ele ainda alegou que a acusação não é “comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula” e afirmou: “Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”.

Ao determinar a ação de busca e apreensão, a juíza anotou que “nas redes sociais do Twitter, Instagram e no site oficial, indicados na inicial, o candidato sequer menciona o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”. E emendou: “Quanto às demais redes sociais informadas, é evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”.

De acordo com os advogados da federação, devem ser apreendidos aproximadamente 1 milhão de materiais impressos, entre adesivos, praguinhas, santinhos e perfurades. “Ainda, pela decisão, deverão ser removidos mais de 300 links das redes sociais dos candidatos, por expressa violação à Lei Eleitoral.”

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