Política

Alvo de apuração sobre o 8 de janeiro, comandante do Batalhão Presidencial trocará de cargo

O tenente-coronel Jorge Fernandes da Hora ganhará um posto no Estado-Maior do Comando Militar do Planalto

Alvo de apuração sobre o 8 de janeiro, comandante do Batalhão Presidencial trocará de cargo
Alvo de apuração sobre o 8 de janeiro, comandante do Batalhão Presidencial trocará de cargo
O comandante da Guarda Presidencial, Paulo Jorge Fernandes da Hora. Foto: Divulgação
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O tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora deixará o comando do Batalhão da Guarda Presidencial e será nomeado nos próximos dias para um cargo no Estado-Maior do Comando Militar do Planalto.

A Defesa argumenta que a mudança estaria programada desde o final do ano passado, mas ocorre no momento em que o militar é alvo de investigação interna por sua conduta nos atos golpistas de 8 de janeiro. O tenente-coronel Nélio Moura Bertolino assumirá o comando do BGP.

A tendência é de que a situação de Hora seja abordada na reunião do Alto Comando do Exército convocada para a tarde desta terça-feira 24, a primeira desde que o general Tomás Ribeiro Paiva assumiu a Força, no último sábado. Por decisão do presidente Lula (PT), ele substituiu o general Júlio César Arruda.

Hora cantou o hino brasileiro ao lado de bolsonaristas que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro. É o que mostra um vídeo que circula entre algumas autoridades do governo.

A existência da gravação foi relatada a CartaCapital por uma dessas autoridades.

É o segundo registro constrangedor para o chefe do Batalhão da Guarda Presidencial no dia da ação golpista. Outra, que já veio a público, mostra o tenente-coronel a tentar dissuadir PMs que haviam entrado no Planalto para prender os invasores.

Sobre a atitude do tenente-coronel diante dos policiais, o Exército diz que “os fatos estão sendo apurados pelas autoridades competentes”, mas não esclareceu quem teria tal “competência”.

O Batalhão da Guarda Presidencial é subordinado ao Comando Militar do Planalto. Esta última unidade é chefiada pelo general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, outro com risco de degola após a queda de Arruda.

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