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Aliança para apoiar candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo é ‘burra’, diz dirigente do PT

Crítica de Jilmar Tatto, rival de Boulos em SP, envolve o voto contrário do PSOL ao texto do novo marco fiscal enviado pelo governo Lula ao Congresso

Foto: Ricardo Stuckert
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O deputado federal Jilmar Tatto defendeu nesta quinta-feira 8 que o PT repense o acordo de abrir mão da disputa pela Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 para apoiar Guilherme Boulos (PSOL). Para o parlamentar, a aliança é ‘burra’.

“A aliança com o PSOL é burra. É um jogo de perde-perde”, disse Tatto ao jornal O Estado de S. Paulo. “A gente perde bancada porque a aliança fica estreita, não ganha a eleição na capital e perde, mais uma vez, porque o PSOL não está votando com o nosso governo.”

Em 2020, Tatto e Boulos foram rivais na disputa pela prefeitura de São Paulo, que teve como vencedor o tucano Bruno Covas, hoje sucedido pelo vice Ricardo Nunes (MDB).

A principal crítica dos petistas é o voto contrário da legenda ao marco fiscal enviado pelo governo Lula para substituir o teto de gastos. A posição, argumenta Tatto, pode causar “estresse” com partidos de centro que estão na base aliada.

“Eu acho que, se essa aliança com o PSOL continuar, o presidente [Lula] nem vai poder fazer campanha na cidade de São Paulo porque o MDB e o PSD vão chiar demais”, afirma. “Qual é a explicação para esses partidos apoiarem o Lula e ele ir lá e subir no palanque de um candidato que vota contra o governo dele?”.

Boulos retirou a pré-candidatura a governador de São Paulo no ano passado para aderir à campanha de Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda. Em troca, Lula, Haddad e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, selaram acordo para apoiá-lo na disputa pela Prefeitura da capital.

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