Educação

Aliados de Lira investigados por fraude em kits de robótica tiveram agenda no FNDE no governo Bolsonaro

O assessor de Arthur Lira, Luciano Cavalcante, e o sócio da empresa Megalic, estiveram juntos em uma reunião no órgão em 2021

Aliados de Lira investigados por fraude em kits de robótica tiveram agenda no FNDE no governo Bolsonaro
Aliados de Lira investigados por fraude em kits de robótica tiveram agenda no FNDE no governo Bolsonaro
Ex-assessor de Arthur Lira, Luciano Cavalcante. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Luciano Cavalcante, o assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Edmundo Catunda, sócio da empresa Megalic, foram recebidos na sede do Fundo Nacional do Desenvolvimento à Educação, órgão ligado ao Ministério da Educação, no governo de Jair Bolsonaro (PL). As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, a presença dos dois na sede do FNDE ocorreu no dia 3 de janeiro de 2021. Os dois são investigados pela Polícia Federal em operação que apura fraude em compra de kits de robótica para prefeituras de Alagoas.

Segundo o levantamento, realizado via Lei de Acesso à Informação, Cavalcante deu entrada no prédio em Brasília às 8h11 e, Catunda, às 08h15. Essa foi a única vez em que Luciano teria ido FNDE, diferentemente de Catunda que esteve 29 vezes no órgão entre fevereiro de 2021 a março de 2022. Parte das visitas do empresário coincidem com liberações de recursos do FNDE e também com encontros com Lira.

No domingo, foi revelado que a Polícia Federal encontrou com Luciano documentos com citações a Lira e uma lista de pagamentos atrelados a ‘Arthur’. O documento cita um total de 834 mil reais em valores pagos em 2022 e 2023, sendo 650 mil reais sinalizados com o nome Arthur. O caso foi para o Supremo Tribunal Federal.

Luciano também integrava um grupo de Whatsapp chamado ‘Robótica Gerenciamento’ do qual fazia parte a esposa de Catunda, Roberta Lins, também sócio da Megalic.

Em abril de 2022, o governo de Jair Bolsonaro destinou 26 milhões para sete cidades alagoanas comprarem kits de robótica, sendo que muitas delas sofriam de graves problemas estruturais básicos, como falta de água e computador. Todas as cidades tinham contrato com a Megalic.

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