Alexandre Silveira volta a defender exploração de petróleo na Margem Equatorial

Segundo o ministro de Minas e Energia, os estudos servem de criação de divisas para viabilizar o 'Estado necessário'

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em evento do grupo Esfera Brasil, em São Paulo, em 22 de abril de 2024. Foto: Ciete Silverio/Esfera

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu nesta segunda-feira 22 os estudos na região da Margem Equatorial a fim de avaliar novas possibilidades de exploração de petróleo. Segundo ele, não há contradição com o desenvolvimento da chamada economia verde.

A Petrobras aguarda uma autorização do Ibama para explorar petróleo na área da Foz do Amazonas. A empresa estima que a medida pode render 14 bilhões de barris. O órgão rejeitou o primeiro pedido de licença, mas a estatal apresentou uma nova solicitação, ainda sob análise.

“Estudos da Margem Equatorial não têm contradição com a economia verde”, disse Silveira durante o seminário Brasil Hoje, promovido pelo grupo Esfera Brasil em São Paulo. Ele foi aplaudido pelo público presente ao defender essa bandeira.

Servem como referência e criação de divisas para que a gente possa ter condições, inclusive, de defender o Estado necessário, para cuidar de saúde, educação e segurança com recursos do Estado, reconhecendo o grande combate à desigualdade”, prosseguiu. “O Brasil é um país que tem segurança jurídica, estabilidade regulatória, estabilidade social e política. Estamos geopoliticamente favoráveis na América do Sul.”

Em setembro passado, durante uma viagem a Nova Délhi, na Índia, o presidente Lula (PT) também se opôs a uma proibição de pesquisas na região. “Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não. Mas, veja, é uma exploração a 575 quilômetros à margem do [Rio] Amazonas. Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas.”

“Não foi pesquisado ainda. É impossível saber antes de pesquisar. Você pode pesquisar, descobrir que tem muita coisa, aí vai se discutir como fazer a exploração daquilo.”


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