Crise à vista no alto escalão do governo. Anunciado ontem por Ernesto Araújo como a primeira baixa nas diretorias nomeadas por Bolsonaro, o presidente da Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) Alecxandro Carreiro continua trabalhando normalmente.
O recado é que ele só deixa o cargo sob ordens expressas do presidente eleito, com exoneração publicada no Diário Oficial.
Carreiro foi escolhido pessoalmente por Jair Bolsonaro e tomou posse no dia 3. Ex-assessor do PSL e apoiador de primeira hora do presidente em Brasília, o publicitário tem passagens pelo Sebrae cumpriria um mandato de quatro anos à frente da agência, considerada estratégica para as relações exteriores.
Nos bastidores da agência, Carreiro era criticado por não ter vivência em comércio exterior. Também patinava no inglês – fluência no idioma era requisito número 1 para ocupar a vaga.
Em nota, a Apex confirmou que ele despachou e fez reuniões normalmente nesta quinta (10).
Diz o texto:
“O presidente Alex Carreiro, nomeado para o cargo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, cumpriu expediente normal na agência nesta quinta-feira (10/01), tendo efetuado despachos internos e recebido para audiências autoridades de Estado.”
A saída foi anunciada por Ernesto Araújo no Twitter. Segundo informou o chanceler, Carreiro teria pedido para deixar o cargo. No mesmo texto, ele informa ainda que indicou o embaixador Mario Vilalva para substituí-lo.
Diplomata de carreira, Vilalva foi chanceler no Chile por quatro anos. Em 2010, foi nomeado para a Embaixada do Brasil em Lisboa.
[ATUALIZAÇÃO] À noite, Jair Bolsonaro publicou no Twitter uma foto ao lado de Araújo e Mario Vilalva, sinalizando a queda definitiva do antigo presidente. Ainda não foi publicada a exoneração no Diário Oficial.
Recebi hoje o embaixador Mário Vilalva, indicado pelo Chanceler Ernesto Araújo para o cargo de Presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX). Boa noite a todos! pic.twitter.com/zs45lpyqMC
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 10, 2019
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login