Mesmo sob uma renovação de 55%, a Alesp manteve na liderança o deputado Cauê Macris (PSDB). Macris foi reeleito com 70 dos 94 votos, apesar da campanha barulhenta dos apoiadores de Janaína Paschoal, a deputada mais votada da Alesp teve apenas 16 votos na disputa – um a mais que o total da bancada do PSL.
Mônica Seixas, do PSOL e Daniel José, do Novo, tiveram 4 votos cada um.
Um histórico acordo entre PSDB e PT foi feito para formar maioria na Mesa Diretora da Assembleia. Os partidos dividem já há várias eleições a presidência e a primeira-secretaria.
Essa dobradinha foi o grande alvo dos militantes do PSL que acompanhavam o placar no hall de entrada da Alesp. A cada voto, apoiadores do PT e pesselistas trocavam provocações. Houve um princípio de confusão entre dois idosos e militantes do Direita São Paulo, mas a polícia logo conteve os ânimos.
Apesar de uma baixa (no ano passado, ele teve 88 votos), o apoio a Macris transcendeu ideologias. Ele alcançou a maioria necessária, 48, sob o voto da novata Marina Helou, única representante da Rede na casa. Coronel Telhada, que confraternizou com os militantes pró-Janaina no hall de entrada, também deu voto a Macris. Outros nomes da bancada da bala, como Delegado Olim, também preferiram o tucano.
Macris é suspeito de repassar 266 mil reais em verba de campanha a um posto de gasolina da própria família em sua cidade natal, Americana.
Janaína e Gil Diniz, líder do PSL, tentaram impedir que Macris concorresse, sob o argumento de que o regimento da Alesp veta a reeleição do presidente. A questão foi derrubada pelos deputados que conduziam a sessão. “Essa questão está superada, disse a deputada Analice Fernandes (PSDB), erguendo a voz.
Orçamento gordo e poder limitado
Como as questões mais importantes são decididas em nível estadual e municipal, a grande função das Assembleias Legislativas em todo o país tem sido avalizar, e rápido, os projetos do governo.
A casa custa aos cofres paulistas 1,3 bilhão de reais ao ano e tem 3,7 mil funcionários.
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