Após o presidente francês Emmanuel Macron acusar Bolsonaro de ter mentido sobre o clima no G20 e afirmar que a França se opõe ao acordo UE-Mercosul, Alemanha, Irlanda e Canadá saíram em defesa do líder francês e também criticaram o governo brasileiro.
A chanceler alemã Angela Merkel manifestou apoio nesta sexta-feira 23 ao presidente francês por meio de seu porta-voz, considerando que os incêndios na Amazônia constituem uma “situação urgente” que deveria sim ser discutida durante a cúpula do G7, apesar das acusações de ingerência por parte de Bolsonaro.
O presidente brasileiro acusou seu colega francês de ter “uma mentalidade colonialista” e de querer “instrumentalizar” o tema “para ganhos políticos pessoais”.
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, ameaçou votar contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul se o Brasil não respeitar seus “compromissos ambientais”, em meio a críticas ao presidente Jair Bolsonaro pelos incêndios que assolam a Amazônia. Segundo o primeiro-ministro, “de maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre comércio UE-Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais”.
E a polêmica não fica só na Europa. O primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, postou em seu Twitter uma manifestação apoiando Macron e dizendo que no G7 o assunto será tratado de forma prioritária.
“Eu não poderia deixar de concordar com Emanuel Macron. Trabalhamos muito para proteger o meio ambiente no #G7 do ano passado em Charlevoix, e precisamos continuar neste fim de semana. Precisamos de #ActForTheAmazon e agir para o nosso planeta – nossos filhos e netos estão contando conosco”, disse Trudeau.
I couldn’t agree more, @EmmanuelMacron. We did lots of work to protect the environment at the #G7 last year in Charlevoix, & we need to continue this weekend. We need to #ActForTheAmazon & act for our planet — our kids & grandkids are counting on us. https://t.co/KwaR8Eevq5
— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) 23 de agosto de 2019
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