Política
Além de Haddad e Manuela, Gleisi participa de “live” paralela a debate
Eles se juntam ao coordenador da campanha, José Sérgio Gabrielli, em conversa que será transmitida no mesmo horário do debate da Band


Excluído do primeiro debate presidencial transmitido em TV aberta, que ocorre esta quinta-feira 9 nos estúdios da TV Bandeirantes, Fernando Haddad, atual vice de Lula e cotado como plano B do PT para a cabeça de chapa, fará uma conversa paralela com Manuela D’Ávila – que deve assumir a vaga de vice a partir do dia 15 -, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador da campanha e ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli.
O bate-papo entre os quatro será feito no estúdio da Fundação Perseu Abramo, em São Paulo, e será transmitido no mesmo horário do debate na Band, às 22h, na redes sociais do partido e dos perfis pessoais dos políticos, e também pela TV dos Trabalhadores (TVT). A jornalista Maria Amélia fará a mediação do conversa, que deve ser pautada por perguntas enviadas pelos eleitores.
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Embora o discurso oficial do PT seja de que “Lula é o candidato até o fim”, a tendência é que Fernando Haddad assuma a cabeça de chapa quando o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal julgarem a candidatura do ex-presidente.
A Lei da Ficha Limpa proíbe que concorra réus condenados em segunda instância por órgãos colegiados, caso de Lula. A estratégia inclui aliança com o PCdoB, e prevê Manuela D’Ávila de vice. A deputada será registrada na chapa junto com Lula já no dia 15, prazo máximo para os registros no TSE.
Com a definição de Fernando Haddad como vice no fim de semana, primeiro o PT tentou que o ex-prefeito de São Paulo participasse do debate eleitoral. Como a emissora não atendeu o pedido, a defesa da campanha de Lula entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde o dia 7 de abril, participe do primeiro debate.
Além da participação presencial no estúdio da TV Bandeirantes, em São Paulo, ou por videoconferência, o PT sugere a participação de Lula por “meio de vídeos previamente gravados” na cela em que está preso ou em outro espaço da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Na segunda-feira 6, em decisão monocrática, o TRF-4 negou o primeiro pedido do PT para que Lula pudesse participar do debate e o partido já havia informado que recorreria.
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