Alckmin diz que ‘adversário de ontem pode ser parceiro’ e sinaliza apoio a taxação de fortunas

Em encontro com sindicalistas, o ex-tucano voltou a afirmar que a reforma trabalhista deve ser tema de amplo estudo

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, favorito a ocupar o posto de vice na candidatura presidencial de Lula (PT), deu nesta quinta-feira 17 mais um indício de que pode, nas próximas semanas, concretizar a aliança. O ex-tucano participou, nesta manhã, de uma reunião com sindicalistas na sede da União Geral dos Trabalhadores, a UGT, em São Paulo.

O encontro foi fechado e não teve transmissão. CartaCapital, porém, apurou que Alckmin declarou aos representantes dos sindicatos que “na política não existem inimigos, mas adversários” e que “o adversário de ontem pode ser o seu parceiro de amanhã”. Não houve menção direta a Lula, mas o tema permeou as respostas.

32 sindicalistas estiveram na reunião, liderada pelo presidente da UGT, Ricardo Patah. Desafios econômicos de um novo governo foram apresentados e, para surpresa de alguns, Alckmin não se mostrou contrário à taxação de grandes fortunas. O ex-tucano defendeu o estudo de mecanismos para aplicar a taxação, uma medida vista por ele como capaz de reduzir a desigualdade social no País.

Questionado sobre defender ou não mudanças bruscas na Reforma Trabalhista aprovada sob o governo de Michel Temer, Alckmin voltou a afirmar que o assunto merece um amplo estudo. A declaração vai na linha de manifestações recentes do ex-governador em encontros reservados.

Após deixar o PSDB, Alckmin ainda não anunciou uma decisão sobre seu novo partido. Em entrevista a CartaCapital nesta semana, o pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, disse que a filiação de Alckmin ao partido estaria “99,99%” decidida.

Outras siglas, no entanto, aproveitam a aparente indecisão para avançar sobre o histórico quadro do PSDB. O PV, de José Luiz Penna, e o Solidariedade, de Paulinho da Força, também formalizaram convites de filiação e aguardam uma sinalização de Alckmin. A decisão pode sair até março.


 

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