Política
Alckmin: “A polícia de SP não é assassina, ela é firme e legalista”
Segurança pública foi o principal assunto do segundo debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, realizado pelo SBT


A segurança pública foi o principal assunto durante o segundo debate entre os candidatos ao governo de São Paulo. Candidatos e jornalistas fizeram perguntas relacionadas ao tema, que também tem dominado a propaganda eleitoral.
Diante das críticas de mais de um adversário, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a afirmar que “a polícia de São Paulo não é assassina, ela é firme e legalista,” disse o governador.
Durante o primeiro bloco, três questões foram feitas sobre o assunto. Alckmin foi questionado pelo candidato Walter Ciglioni (PRTB) sobre o que o seu governo fará para combater o consumo de cocaína.
Gilberto Maringoni (PSOL), por sua vez, lembrou antigas propostas do PT de segurança para questionar Alexandre Padilha (PT). “O PT nos anos 80 tinha uma proposta de segurança que envolvia a desmilitarização da PM,” disse Maringoni. Ele questionou a política de Padilha, que toma a norte-americana Nova York como exemplo de combate ao crime.
“Fui buscar médicos de Cuba para salvar a vida de milhões de brasileiros. Trarei sim experiências dos Estados Unidos se elas nos auxiliarem”, respondeu Padilha, mencionando sua experiência no Mais Médicos no Ministério da Saúde.
Ainda no primeiro bloco, Paulo Skaf (PMDB) questionou Gilberto Natalini (PV) sobre o que ele faria para reduzir o alto índice de estupros no Estado.
Proibição de máscaras
Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB) defenderam a lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, que proíbe máscaras em manifestações. “Nós somos contrários a qualquer tipo de máscara”, disse Alckmin.
Skaf foi questionado por um jornalista sobre a presença de um ex-secretário de Segurança Pública de Alckmin, Antônio Ferreira Pinto, na sua campanha. Diante das críticas feitas à performance do seu ex-secretário, Alckmin disse que a PM não deveria ser questionada daquela forma.
Maringoni, por sua vez, disse que mudaria o brasão da Polícia Militar de São Paulo, porque o símbolo exalta o golpe de 1964 e o massacre de Canudos.
Falta de água
O racionamento de água no Estado de São Paulo foi outro assunto mencionado diversas vezes durante as duas horas de debate.
Natalini criticou Fernando Haddad (PT), que segundo ele seria omisso na preservação dos mananciais. O seu partido, o PV, cuidou da secretaria de meio ambiente durante três anos. Ele disse que medidas preventivas foram tomadas, mas as obras estão atrasadas.
Padilha, por sua vez, negou que implantará um rodízio de água no Estado caso seja eleito. Escolhido para comentar a resposta do petista, Alckmin disse que São Paulo passa por uma das “maiores secas da história”, que fará obras e pedirá a conscientizando a população sobre o uso de água.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.