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Alan Moore, lenda dos quadrinhos, publica carta de apoio a Lula no 2º turno

O autor criticou diretamente o armamentismo e o negacionismo de Jair Bolsonaro

Alan Moore, lenda dos quadrinhos, publica carta de apoio a Lula no 2º turno
Alan Moore, lenda dos quadrinhos, publica carta de apoio a Lula no 2º turno
Créditos: Divulgação
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O escritor britânico Alan Moore, um dos maiores nomes da história dos quadrinhos, publicou uma carta de apoio ao ex-presidente Lula (PT) nas eleições.

Em um texto divulgado nas redes sociais, o autor analisou o avanço da extrema-direita e das artimanhas lançadas para manter o poder. Ele criticou as condutas de representantes como o ex-presidente americano Donald Trump e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Desavergonhadamente monstruosos, eles têm perseguido minorias raciais e religiosas, ou seus povos nativos, ou os pobres, ou as mulheres, ou pessoas de outras sexualidades, ou todos esses juntos. Enquanto a pandemia ainda se desenvolvia, eles colocaram seus posicionamentos políticos e suas doutrinas financeiras acima da segurança de suas populações, capitaneando centenas de milhares de mortes potencialmente desnecessárias; centenas de milhares de famílias devastadas, e de comunidades devastadas.”

Moore acrescentou que “com suas nações em chamas, ou inundadas, ou desidratadas pela seca, eles insistiram que as mudanças climáticas eram uma falsidade da esquerda para incomodar a indústria e rotularam como terroristas os ativistas ambientais e sociais”.

O britânico também fez críticas à política armamentista de Bolsonaro e à sua postura negacionista ao longo da pandemia.

Moore, que se reconhece anarquista, afirmou ser capaz de tolerar poucos políticos, mas destacou Lula como um líder a endossar políticas “justas, humanas e concretizáveis” e disposto “a reverter muitas das decisões tão desastrosas de Bolsonaro”.

“Ele parece ser um político comprometido com o futuro, com seu trabalho honesto e com suas possibilidades justas e maravilhosas, e é melhor que a flagelante e devastadora agonia fatal de um passado sem sustentabilidade.”

No fim da carta, Moore alertou que a eleição brasileira “se encontra equilibrada sobre o fio da navalha” e reforçou que o mundo inteiro depende de seu resultado.

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